Motoristas e cobradores de ônibus de Teresina iniciaram uma greve nas primeiras horas desta segunda-feira (30) deixando cerca de 200 mil passageiros prejudicados na capital. O movimento segue por tempo indeterminado. Diante da greve, a Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (Strans), cadastrou cerca de 150 veículos para atender a população durante o movimento. No entanto, o número não chega a ser metade da frota que circula em Teresina, composta por 444 ônibus.
A categoria reinvindica reajuste salarial de 10%, além da melhoria nos terminais de ônibus e ainda rtransparência nas contas colocadas na planilha de custos. O Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (Setut) não se posicionou.
O Tribunal Regional do Trabalho da 22ª Região- Piauí (TRT/PI), concedeu liminar determinando a circulação de 70% dos ônibus no período de pico e de 60% nos demais horários durante a greve .
Segundo a diretora de transportes públicos da Strans, Cíntia Machado, a meta é que 130 e 150 veículos de transporte alternativo circulem durante a greve. O cadastro iniciou na sexta-feira (27), mas até o momento pouco mais de 80 veículos foram cadastrados e circulam na capital. Por esta razão, a Strans estendeu o cadastramento de transportes alternativos até esta segunda-feira (30). Podem ser cadastrados veículos como vans e ônubus.
“Ontem foi autorizado ser colocado os 70 % pelo Ministério do Trabalho e já oficializamos ontem mesmo, as empresas sobre a ordem de serviços para que elas cumpram esses 70%. Estamos ainda trabalhando para que possamos fazer esse cadastro que está aberto para os motoristas que não fizeram na sexta e no sábado”, informou.
A diretora explica que para o cadastro, os motoristas devem se dirigir até a Strans, levando o veículo que passará por uma vistoria no local. Durante o cadastro o motorista receberá, também, informações sobre as tarifas cobradas no transporte público da capital. Se aprovado na vistoria e se concordar com a tarifação, o condutor recebe uma ordem de serviços, contendo o percurso da linha que deverá cumprir até o final da greve.
“A ordem de serviços só é entregue mediante a vistoria do veículo, principalmente das condições de segurança como freios, sinaleiras e extintor. Damos uma olhada no veículo para que, só depois, o motorista receba a ordem e as informações sobre tarifas. As informações sobre tarifação são importantes, porque os motoristas devem aceitar a gratuidade e também receber do estudante o valor de R$1,05, apresentando a carteirinha”, explicou.
Cíntia explicou ainda, que os veículos passarão por fiscalizações nas principais praças da capital e também por monitoramento eletrônico, onde será verificado se o motorista tem cumprido o itinerário, se mantém a placa com número e nome da linha na frente do veículo e se circula portando a ordem de serviços.