Políticos e a comunidade discutiram nessa terça-feira (11) a situação de abandono do Centro Social Urbano (CSU) do Parque Piauí, na Zona Sul de Teresina. Além do descaso no espaço, a população está com medo de perder o único espaço de lazer da comunidade, após o anúncio do governo do estado de instalar no CSU uma centro da Polícia Civil.
O CSU do Parque Piauí foi inaugurado na década de 1970 sendo opção de lazer para a população da Zona Sul, mas atualmente o centro, que possui quadra de esportes e piscina, está abandonado e funcionando apenas com 11 cursos de qualificação. Em dezembro de 2013, o governo do estado retirou a administração do CSU da Secretaria de Assistência Social e repassou para Secretaria de Segurança. Com a mudança, o prédio pode virar uma área da Polícia Civil.
“Antigamente atendíamos mais de 500 jovens aqui neste espaço, mas devido o abandono do poder público não atendemos mais de 100 jovens atualmente. O local está cheio de mato”, revelou o professor Francisco Pereira.
A mudança de administração e a possibilidade de desinstalação do CSU não agradou os moradores. “Não vamos aceitar isso, queremos a revitalização deste lugar que é o único espaço público de lazer para os jovens”, disse o líder comunitário José da Cruz.
O deputado Cícero Magalhães (PT) também participou da reunião e não concordou com as mudanças. “Este é o único espaço de lazer da Zona Sul, vamos lutar para que não seja tomado da comunidade”, afirmou o deputado.
Para o delegado geral da Polícia Civil, James Guerra, que representou a Secretaria de Segurança Pública, as mudanças trarão melhorias para o local. “Vamos trazer para comunidade todos os serviços policiais, como expedição do RG, certidão de antecedentes criminais, dentre outros serviços que serão ofertados pelas delegacias especiais que devem ser instaladas neste local. Sobre o complexo esportivo vamos revitalizar as quadras e piscina e convidar a comunidade para utilizarem estes espaços de lazer”, explicou.
O professor Cícero Pereira ressaltou que o CSU nunca foi abandonado pela população. “O centro nunca foi deixado pela população, como estão dizendo, quem nos abandonou foi o poder público”, destacou Cícero Pereira.
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