O número de leitos para internação nos hospitais públicos do Piauí não consegue atender a demanda. Situação que põe em risco a vida de muitos pacientes e que deve melhorar com a implantação da Central de Regulação de Leitos daqui a 60 dias pela Secretaria Estadual de Saúde.
Segundo a Sesapi, a Central vai funcionar com três tipos de atendimentos: leitos de urgência e emergência, de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e de retaguarda. Com o novo sistema, cada hospital de referência terá uma equipe, que ficará responsável por controlar o fluxo de pacientes e repassar estas informações para a Central.
"Vai funcionar sete dias por semana e 24h por dia, com dois médicos por turno. Os profissionais vão receber as ligações e analisar o que é melhor para o paciente", explicou Patrícia Batista, diretora de Controle, Regulação e Auditoria da Secretaria.
Atualmente no Piauí, um estado com 3.119 milhões de habitantes, existem 7.798 leitos. Para as autoridades de Saúde, o idel seria que os hospitais tivessem no mínimo 10 mil leitos. Já nas UTI's, eram necessários 312 vagas, ao invés de somente 178.
A partir da Central de Regulamentação, unidades como o HGV que possui 316 leitos, por exemplo, será utilizado como atendimento de retaguarda do Hospital de Urgência de Teresina, quando este não tiver mais capacidade para internações.
"Uma Central de Regulação de Leitos tem que saber quais os casos que só o HGV resolve. Na hora que um paciente de uma cidade do interior do Piauí precisar ser internado, o médico saberá qual o melhor hospital para aquele doente", destacou o diretor do hospital, Carlos Iglesias.
Até a implantação do sistema, pacientes reclamam da demora no atendimento e para conseguir um leito. "O usuário fica esperando durante meses por cirurgia, muitas vezes no corredor, que nem é o lugar adequado para os pacientes", denuncia o professor Fábio Pereira.