Publicada em 10 de Fevereiro de 2015 �s 14h52
A Secretaria de Justiça do Piauí iniciou, nesta terça-feira (10), na Casa de Custódia, o Censo Penitenciário. Cerca de 50 pessoas estão participando da coleta de dados e percorrendo cada pavilhão da unidade, ouvindo o relato de todos os detentos. O objetivo é traçar um perfil da população carcerária no Piauí e, a partir daí, formar um banco de dados que ajude o Estado, em parceria com o Judiciário, a resolver um dos maiores problemas do sistema: a superlotação.
“A partir do Censo vamos ter um diagnóstico da situação e saber, dentre outras coisas, quem são os presos que ainda não foram julgados, bem como aqueles que precisam ir para outras unidades. Aliado a isso, vamos redistribuir os presos e abrir mais vagas no sistema, com a construção de novas unidades, como a penitenciária de Altos, que deve ser inaugurada ainda nesse semestre”, disse o diretor de Reintegração Social e Humanização da Secretaria de Justiça, Francisco Antônio de Sousa.
A ideia da Secretaria é levar a pesquisa para todas as 14 unidades do Estado. Para tornar esse trabalho possível, é necessária a parceria com outros órgãos como Defensoria Pública Estadual, OAB-PI, Ministério Público Estadual, Tribunal de Justiça do Piauí, além do Conselho Penitenciário, órgão ligado à Sejus, que atua diretamente nos presídios do Estado. A maioria dos voluntários/recenseadores fazem parte do quadro da Secretaria, incluindo o Conselho Penitenciário, e os demais são representantes dos órgãos parceiros.
“O trabalho é importante e necessário para que possamos ter informações básicas sobre os presos. É um primeiro passo, que vai servir para orientar as próximas ações. O Censo nos dá uma visão para traçar metas", afirma o defensor público Juliano de Oliveira, que acompanhou e coordenou os trabalhos na Casa de Custódia.
Para o secretário de Justiça, Daniel Oliveira, além de traçar o perfil de cada um dos detentos, o Censo vai ajudar a dar uma resposta àqueles que aguardam pela Justiça. “Nós precisamos primeiramente conhecer essa realidade e a partir daí definir as ações que serão tomadas para melhorar o sistema”, conclui.