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Ceir entrega mais de 200 aparelhos de reabilitação auditiva

Publicada em 22 de Fevereiro de 2016 �s 17h10


  												Ana Lúcia durante terapia com fonoaudióloga						 (Foto:Ascom Ceir)					Ana Lúcia durante terapia com fonoaudióloga (Foto:Ascom Ceir)

Aos 80 anos de idade, ouvir o barulho do ar condicionado ou assistir televisão já deixou de ser uma tarefa simples para o comerciante aposentado Antônio Melo. “Também quando estou conversando, preciso pedir para que repitam novamente algo que não ouvi ou entendi. Às vezes até finjo que entendi ou deixo para lá”, comenta. A dificuldade de Antônio é semelhante à de oito milhões de brasileiros que, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apresentam alguma dificuldade ou deficiência auditiva ao longo da vida.  

A agricultora Maria Veronise, 53 anos, foi alertada por amigos e familiares sobre a sua dificuldade de audição. “Eu deixo de assistir televisão ou conversar com algumas pessoas porque eu não entendo o que elas dizem”, desabafa. Antônio Melo e Maria Veronise são, respectivamente, de Piracuruca e São João do Piauí. Eles saíram do Norte e Sul do Estado em busca de tratamento no Centro Integrado de Reabilitação (Ceir). Em 2015, o Ceir passou a integrar o Programa de Promoção e Prevenção da Saúde Auditiva, do Governo Federal, após ser habilitado pelo Ministério da Saúde como Centro Especializado em Reabilitação (CER) III. “O objetivo do Programa é cuidar da saúde auditiva do paciente. Caso a perda auditiva seja reversível, nós fazemos o tratamento para que não seja necessário o uso de um aparelho auditivo”, explica a otorrino do Ceir, Silvia Bona. Segundo ela, quando há a necessidade do uso de um aparelho, o paciente passa por avaliações de uma equipe formada por otorrinolaringologista, fonoaudiólogas, psicólogas e assistente social. De acordo com a coordenadora do Programa de Saúde Auditiva do Ceir, Vanessa Almeida, cada profissional tem sua decisão no processo de protetização do paciente. “A otorrino avalia se a perda auditiva é reversiva ou não; a fonoaudióloga realiza o exame de audiometria, avaliando o tipo e grau de surdez; e a psicóloga identifica a motivação do paciente para o uso do aparelho”, pontua. Já o papel da assistente social no Programa é a orientação dos pacientes sobre seus direitos como cidadãos e possuintes de deficiência auditiva. “A maioria dos pacientes que passa pela triagem desconhece os seus direitos, a exemplo do passe livre e de benefícios do INSS. Há casos de pessoas com baixa renda que não têm condição de retornar ao Ceir e dar continuidade às terapias, então articulamos com os municípios para garantir o retorno desses pacientes”, pondera a assistente social do Ceir, Karina Sampaio. Mais de dois mil atendimentos em um ano Desde 2005, Ana Lúcia sofria com perda auditiva, o que provocou sua dificuldade no aprendizado e, principalmente, na comunicação com as pessoas. “Eu aprendi libras e consigo me comunicar muito bem através da linguagem dos sinais, mas não é todo mundo que sabe usá-la”, diz. Aos 24 anos, Ana recebeu seu primeiro aparelho auditivo no Ceir, após tirar medidas e testar modelos de acordo com a sua necessidade e que seria melhor para a sua adaptação. De acordo com dados do Centro, mais de 200 aparelhos auditivos foram entregues em um ano de Programa de Saúde Auditiva, realizando mais de 2.300 atendimentos, sendo 95% dos pacientes atendidos oriundos do interior do Piauí. “O diferencial do Programa do Ceir é que nós não apenas entregamos o aparelho auditivo para o paciente, mas também fazemos o acompanhamento dele, em terapias. Ao retornar às sessões, o paciente fala das suas dificuldades e adaptações, e nós ajustamos o aparelho para o seu melhor uso e aproveitamento”, explica a fonoaudióloga do Ceir, responsável pelas terapias dos pacientes, Marielle Cardoso. Para solicitar um aparelho auditivo no Ceir, a pessoa deve procurar o médico do Programa de Saúde da Família ou credenciado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e solicitar uma avaliação auditiva na instituição. Após passar pelo otorrino e realizar os exames com a fonoaudióloga do Centro, se houver a necessidade do uso de um aparelho auditivo, o paciente terá seu aparelho confeccionado sob medida e receberá orientações para manuseá-lo.



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Fonte: Governo do Estado �|� Publicado por:
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