O ator Cauã Reymond tem um perfil no portal "Models.com", referência na indústria da moda. Na página, capas de revistas e imagens da campanha de inverno 2016/2017 da Givenchy Jeans, ao lado de Gisele Bündchen. Faz tempo que Cauã não é mais modelo, mas a verdade é que ele nunca se afastou totalmente do meio. Está sempre ligado a grifes de alguma maneira. É convidado especial nos desfiles de Giorgio Armani, em Milão, o que o deixa muito lisonjeado ("Me identifico muito com a casa", observa); e é o número 1 das grandes marcas brasileiras.
— Minha relação com a moda é de admiração. Acho uma das formas mais precisas de expressão do homem e seu tempo. Pessoalmente, sou um consumidor ávido de revistas. Gosto de saber o que é tendência, o que as pessoas estão usando, mas também adoro livros de fotografia e, inclusive, tenho alguns de ícones da fotografia de moda — comenta.
O carioca agora assumiu o posto de garoto-propaganda da Colcci. Ele faz par com Marina Ruy Barbosa. Antes, o carioca foi muso da Ellus e chegou até a desfilar para Alexandre Herchcovitch. No dia a dia, no entanto, ele afirma ser "mais básico". E acrescento: elegante à beça. Lembram de Cauã de verde e rosa no desfile da Mangueira no carnaval de 2016? Essa imagem diz tudo — e mais um pouco.
— Tenho profunda satisfação quando abro minha gaveta e minhas camisetas estão lá separadas por cor. Por mais estranho que isso possa parecer, me traz uma alegria até infantil, como se eu tivesse acabado de ganhar um carrinho novo. Minhas camisetas já resolvem metade do figurino do dia — diverte-se o ator, que não investe em moda. — Tenho ótimas roupas das marcas com as quais eu trabalho. Me sinto sortudo por não precisar gastar dinheiro com isso.
Apesar de estar numa posição confortável e saber o que lhe cai bem, Cauã já teve seus arrependimentos:
— Na novela "Da cor do pecado", fizeram um relaxamento no meu cabelo e alertaram que eu evitasse entrar no mar. Óbvio que não consegui deixar de surfar e acabei ficando com um visual muito estranho. Ainda bem que era para um projeto.
O carioca iniciou sua saga fashion na década de 90, quando estreou como modelo. Emplacou trabalhos em Nova York e Paris:
— Venho de uma geração de grandes nomes: Sérgio de Melo, Jorge Gelati e Paulo Zulu. O tempo passou e os caras continuam superbonitos, cada um representando seu tipo de beleza. Isso mostra o que uma vida saudável pode proporcionar. No fim, é isso que me interessa: saúde e bem estar.
Gelati, figura importante para a moda masculina, lembra da época em que Cauã desembarcou na capital francesa:
— Ele tinha um astral ótimo, era gente boa e batalhador. Acho que Cauã fez bem em ter voltado ao Brasil. Desde então, tem construído uma carreira consistente. É forte, positivo e tem garra. Admiro tanto o trabalho quanto a pessoa.
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— O Gelati me pagou um almoço em Paris quando eu era muito duro e, provavelmente, não conseguiria comer num restaurante bacana por minha conta — destaca Cauã, que está "sempre torcendo pelos modelos brasileiros". A gaúcha Raquel Zimmermann é sua favorita. — Ela traz um personagem diferente em cada editorial, é uma camaleoa, uma metamorfose. Isso é uma característica que eu gosto muito, mais até que a beleza física em si.
Em maio, Cauã completará 38 anos e jura que está na melhor fase:
— O homem começa a atingir a maturidade, e não falo nem da idade. Falo do trabalho, lado pessoal e de todos os outros aspectos que envolvem uma vida. Você entra em contato com a plenitude que, quando se é muito jovem, você nem sabe que vai ter.
Jogo rápido com Cauã
Filme: "A árvore da vida".
Música: "Black", do Pearl Jam.
Seu crush masculino: São dois. Meu pai e meu irmão.
Seu crush feminino: Minha filha.
Comida: Saudável.
Viagem: Todas. Viajar é sempre bom. Melhor dinheiro investido.
Sonho: Ver o mercado cinematográfico brasileiro cada vez mais consolidado e ganhando força.
Bebida: Água.
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Cor: Azul.
Novela: "Avenida Brasil"