Publicada em 30 de Janeiro de 2015 �s 09h53
Os catadores de resíduos sólidos da Cooperativa da Vila Dagmar Mazza (Coocamasa) participaram de uma oficina de orientação profissional, realizada no Núcleo de Atendimento Integral (NAI), nessa quinta-feira (29). O objetivo principal do encontro foi iniciar o processo de mobilização para a formação da nova diretoria da cooperativa, que será feita sob comum acordo entre os próprios trabalhadores.
No encontro promovido pelo Serviço de Apoio às Micros e Pequenas Empresas do Piauí (Sebrae), em parceria com a Secretaria Municipal do Trabalho, Cidadania e de Assistência Social (Semtcas) e Secretaria de Estado do Trabalho e Empreendedorismo (Setre), alguns pontos cruciais foram abordados. Dentre eles, a necessidade de imediatamente avaliar quem ficará em cada função e, para os catadores ainda não cadastrados, a de apresentar, na próxima reunião, todos os documentos para a inscrição.
“Comecem a ver quem poderá ser o diretor, o motorista, o fiscal, dentre outros. É de suma importância que vocês se organizem e criem união e autonomia. Quanto aos que ainda não se registraram como catadores, providenciem o mais rápido possível. O cadastro é feito para identificar quem realmente trabalha como catador, pois de acordo com a lei, apenas estes poderão entrar no aterro”, ressaltou a representante da Semtcas, Lucélia de Oliveira.
A equipe da Setre aproveitou a oportunidade para esclarecer dúvidas aos que não compareceram ao encontro anterior sobre o Programa Pró-Catador, que irá ofertar aos catadores, a qualificação profissional. “Só poderemos entrar com a capacitação depois que o grupo de vocês começar a realmente funcionar, na prática, como uma cooperativa. Por isso a sua organização é imprescindível”, atentou a diretora de Qualificação, Carla Soares.
O catador Francisco Darc, que há 22 anos atua em aterros sanitários, concorda que a cooperativa deve se unir para executar um bom trabalho. “No momento, todos trabalham individualmente e depende da nossa força de vontade que a Coocamasa saia da teoria. Só assim poderemos vender nosso material a um preço justo e fazer com que o nosso esforço seja valorizado. Também somos gente e merecemos ser tratados como tal”, desabafou.
Na ocasião, o empreendedorismo também foi foco da conversa. A intenção, é que ao final do projeto, os trabalhadores consigam atuar com a produção de peças advindas de materiais recicláveis. “Vocês irão receber orientações sobre gestão. Como vender, administrar e render. Terão a chance de abrir uma empresa e se tornarem microempresários, gerando sua própria renda. O único segredo do empreendedor é sempre querer ir além”, finalizou o diretor de Empreendedorismo da Setre, Laércio Maia.