Caso Mariana Ferrer: Cidades

Caso Mariana Ferrer: Cidades de SC t�m atos pedindo justi�a e o fim da viol�ncia contra a mulher.

Publicada em 07 de Novembro de 2020 �s 23h53

Pelo menos tr�s munic�pios de Santa Catarina tiveram atos neste s�bado (7) pedindo o fim da viol�ncia contra a mulher e justi�a no caso Mariana Ferrer. Dezenas de pessoas, principalmente mulheres, foram �s ruas em Joinville, no Norte catarinense, em Crici�ma, no Sul do estado, e tamb�m em Florian�polis.

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Mariana Ferrer acusa o empres�rio Andr� de Camargo Aranha de t�-la estuprado em dezembro de 2018, durante uma festa em um beach club de Florian�polis. Ele foi absolvido pela Justi�a.

O v�deo da audi�ncia que ocorreu em setembro foi publicado na �ltima ter�a-feira (3) pelo site The Intercept Brasil. Na grava��o, o advogado de defesa, Cl�udio Gast�o da Rosa Filho, exibe fotos sensuais feitas por Mariana Ferrer quando era modelo profissional, definindo-as como "ginecol�gicas"; ele afirma ainda que "jamais teria uma filha" do "n�vel" de Mariana e, ao v�-la chorar, diz: "N�o adianta vir com esse teu choro dissimulado, falso e essa l�bia de crocodilo."

O tratamento dado � jovem durante o julgamento provocou indigna��o. Na quarta-feira (4) ocorreram protestos em Florian�polis e tamb�m em Chapec�, no Oeste. Neste s�bado, os atos voltaram a ocorrer na capital e tamb�m em Crici�ma pela manh� e de tarde em Joinville.

Em Joinville, o grupo de cerca de 200 mulheres, segundo a Pol�cia Militar, e de 300, conforme a organiza��o, saiu da sede da Ordem dos Advogados do Brasil em dire��o � prefeitura com faixas e cartazes pedindo o fim da viol�ncia e abuso contra as mulheres e justi�a por Mariana Ferrer.

Na capital o grupo se concentrou em frente � catedral e depois seguiu pelas principais ruas do centro. Em Crici�ma o protesto ocorreu na Pra�a Nereu Ramos, no Centro da cidade.

Todas usavam m�scara e mantiveram distanciamento de pelo menos um metro durante os atos que duraram aproximadamente uma hora.

Audi�ncia
No v�deo da audi�ncia divulgado na ter�a, � poss�vel ver que a jovem reclamou do interrogat�rio para o juiz. "Excelent�ssimo, eu estou implorando por respeito, nem os acusados s�o tratados do jeito que estou sendo tratada, pelo amor de Deus, gente. O que � isso?”, diz ela.

O juiz avisa Mariana que vai parar a grava��o – a audi�ncia foi feita por videoconfer�ncia – para que ela possa tomar �gua e pede para o advogado manter um “bom n�vel”.

A defesa de Mariana Ferrer repudiou a senten�a do Poder Judici�rio catarinense e refor�ou que s� a v�tima pode afirmar se houve ou n�o consentimento, n�o o promotor ou o juiz.

A Ordem dos Advogados do Brasil de Santa Catarina (OAB/SC) est� com um procedimento em andamento para apurar a conduta do advogado Cl�udio Gast�o da Rosa Filho durante a audi�ncia.

O advogado informou � NSC TV que as din�micas entre acusa��o e defesa muitas vezes seguem ritos acalorados. Ele diz ter "a convic��o de ter atuado dentro dos limites �ticos, legais e profissionais, considerando-se a exalta��o de �nimos que costuma ocorrer em audi�ncias como aquela".

Na quarta-feira, o Minist�rio P�blico de Santa Catarina (MPSC) pediu a retirada do sigilo da grava��o para que os �rg�os de controle tenham acesso � �ntegra da audi�ncia.

Mais rea��es
A Associa��o Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD) e a Associa��o de Advogadas e Advogados P�blicos para a Democracia (APD) protocolaram junto � Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) na quarta uma representa��o contra o advogado Claudio Gast�o da Rosa Filho.

Em nota, as entidades dizem que "Para os juristas, a atitude de Cl�udio Gast�o na audi�ncia tem repercuss�o prejudicial � dignidade da advocacia, ao agir de forma incompat�vel com a �tica, o decoro e o dever de respeito � dignidade da pessoa humana".

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Fonte: globo �|� Publicado por: Da Reda��o

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