A complexa solução da morte da estudante universitária Fernanda Lages, que tinha 19 anos, - encontrada na Procuradoria da República no Piauí no dia 25 de agosto -, fica ainda mais intrincada. Os delegados da Cico (Comissão Investigadora do Crime Organizado), que estão investigando o crime, foram surpreendidos por que nenhum dos 23 convocados para coletar saliva para a comparação de seus DNAs com as nove amostras de DNA masculinas, encontradas no local onde a estudante morreu, recusou oferecer material genético.
Isso indica que nenhum deles temeu fornecer provas, o que complica mais ainda a investigação, por que se os exames de DNA não forem compatíveis com os achados por Luminol nas escadas, no piso, e no parapeito do prédio onde Fernanda caiu, a Cico não terá ninguém para apontar como assassino, usando provas periciais e passará a depender de depoimentos testemunhais dos vigilantes do TRT e da Procuradoria, e das provas indiciárias - que são a união de vários fatos para compor um quadro capaz de acusar suspeitos de matar Fernanda Lages.
Por enquanto, a Cico não tem elementos conclusivos para dizer que Fernanda não cometeu suicídio, apesar de não ter provas para afirmar o contrário.