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Casal de detentas registra 1� uni�o est�vel dentro de penitenci�ria do PI.

Publicada em 17 de Setembro de 2014 �s 22h31

“Nada de arm�rio fechado dentro da pris�o”, afirmou a diretora da Penitenci�ria Feminina de Teresina, Socorro Godinho, durante a celebra��o da primeira uni�o est�vel entre duas detentas no Piau�. A solenidade oficializou perante o provimento de N�24/2012 da Corregedoria Geral da Justi�a do Piau�, ap�s a determina��o do Supremo Tribunal Federal (STF), a rela��o de Mairla Santos e Everoneide de Sousa. Para a Mairla, “o sonho agora � sair da cadeia e ter uma vida feliz”.

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Mairla tem 23 anos e est� presa h� sete meses, sendo sentenciada a quatro anos e dez meses por roubo. J� Everoneide, de 36 anos, est� reclusa h� sete meses e ser� julgada no dia 24 de setembro por tr�fico de drogas. Ambas possuem tr�s filhos de outras rela��es, que est�o sob a tutela de parentes. A diretora Socorro Godinho explicou ainda que as detentas n�o vivem como um casal.

“Elas ficam em celas separadas e se veem durante o banho de sol ou em outras atividades sociais. E, assim como qualquer outro casal, elas t�m o direito � visita �ntima conforme a lei”, disse Socorro.

O corregedor geral do Piau�, desembargador Sebasti�o Ribeiro Martins, comentou que “as duas mulheres est�o apenas com o direito de ir e vir restritos pela justi�a, mas que elas t�m o direito de terem todos os outros respeitados”.

Casal ganhou uma pequena comemora��o (Foto:
Carlienne Carpaso/G1)

Sobre como o casal se conheceu, Everoneide declara que foi antes das pris�es acontecerem na casa de sua irm�, no bairro Parque Piau�, na cidade de Timon, no Maranh�o. “Ela ajudava a minha irm� a cuidar dos filhos dela. Foi amor a primeira vista. Depois a gente come�ou a se conhecer melhor e a namorar. Isso j� faz uns tr�s anos e estava na hora de formalizar. Eu que a pedi em casamento”, acrescentou Everoneide.

A celebra��o da Uni�o Est�vel encerrou a programa��o da 10� Semana do Orgulho de Ser, promovida pelo Grupo Matizes. Marinalva Santana, membro do Grupo Matizes, destacou que em agosto deste ano a entidade foi convidada a ir at� a penitenci�ria para esclarecer d�vidas das detentas sobre o casamento e a uni�o civil est�vel.

“N�s fomos procuradas porque algumas detentas demostraram interesse em formalizar a uni�o. Ent�o, n�s nos comprometemos a viabilizar esse momento t�o importante na vida delas. Al�m desse casal, t�nhamos outros dois, mas que por problemas na documenta��o e demais motivos n�o est�o participando”, finalizou Marinalva.

Tags: Casal de detentas re - ?Nada de arm�rio

Fonte: globo �|� Publicado por: Da Reda��o

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