A Maternidade Dona Evangelina Rosa (MDER) está em processo de implantação da Casa da Gestante, Bebê e Puérpera (CGBP). O local terá capacidade para acolhimento de vinte mulheres, entre gestantes e puérperas, com ou sem recém-nascidos. Trata-se de uma unidade de cuidado peri-hospitalar que acolhe, orienta, cuida e acompanha gestantes, puérperas e recém-nascidos de risco que demandam observação diária sem a permanência de hospitalização.
A Casa tem como objetivo apoiar o cuidado às gestantes, recém-nascidos e puérperas em situação de risco, contribuindo para assistência adequada às situações que demandem vigilância e proximidade dos serviços hospitalares de referência, embora não haja necessidade de internação hospitalar. Além disso, contribui para a utilização racional dos leitos hospitalares obstétricos e neonatais nos estabelecimentos de referência à Gestação de Alto Risco ao qual estejam vinculadas. As vagas estão destinadas para as puérperas que necessitem permanecer na CGBP em razão de internação do recém-nascido na Unidade de Terapia Insensível Neonatal (UTIN) ou na Unidade de Cuidado Intermediário Neonatal Convencional (UCINCo).
Os cuidados à gestante de alto risco também são garantidos, como explica o secretário de Estado da Saúde, Francisco Costas. “A Casa da Gestante tem o papel primordial de proporcionar suporte aos casos de gestantes de um risco intermediário e alto risco, e que, não necessariamente estejam em trabalho de parto, podendo ter um acompanhamento, nessa interlocução mais próxima com a maternidade de referência, servindo ainda de apoio para as mães que estão com crianças internadas na Unidade de Cuidados Intermediário Neonatal ou na UTI Neonatal”.
Para o funcionamento da Casa da Gestante, serão disponibilizados profissionais 24 horas, que vão acompanhar e cuidar da mulher e do bebê. Para isso, um enfermeiro de segunda à sexta-feira, em regime de 40 horas semanais, e acompanhamento por técnico de enfermagem nas 24 horas do dia durante os sete dias da semana. O médico realizará uma visita diária, de acordo com o quadro clínico, segundo o plano de cuidados, ou quando solicitada pela equipe de enfermagem.
“Essa é uma estratégia da Rede Cegonha, que, através de uma equipe de profissionais, monitoram as mães ou as gestantes, para dar suporte em um ambiente que é uma interfase entre a residência da paciente e o setor hospitalar, possibilitando assim, uma assistência para as pacientes que não estão no perfil de uma internação, mas, que precisam de monitoramento”, explica.
A previsão é que ainda nesse segundo semestre a Casa esteja montada com toda estrutura física e de recursos humanos para funcionamento, como afirma Francisco Costa, que prevê para este ano a implantação de outras unidades no interior do Estado. “A Casa da Gestante é uma ação com proposta para as cidades de Teresina, de Parnaíba, de Picos e de Floriano, com o objetivo de descentralizar serviços de assistência para pacientes de baixo, médio e alto risco, nos casos em que precisam de uma atenção diferenciada nessa área de assistência ao parto e ao puerpério. Em Teresina, a previsão é que nos próximos 40 dias a Casa da Gestante já tenha condições de iniciar o funcionamento, e até o fim do ano inaugurar na cidade de Parnaíba, Picos e Floriano”, pontua o secretário.
Em Teresina, a Casa irá funcionar nas imediações da MDER, que é responsável técnica e administrativa pela unidade. Sendo ainda a competência do transporte da gestante, recém-nascido e puérpera para atendimento imediato às intercorrências, de acordo com a necessidade clínica. A Casa terá visita aberta, com horários ampliados e flexíveis.