A Polícia Militar recuperou duas vezes o mesmo carro durante a madrugada de domingo (7), na cidade de Monsenhor Gil. O veículo havia sido roubado durante um assalto na Zona Sul de Teresina e foi recuperado pelos policiais da cidade vizinha, mas logo depois foi roubado novamente e mais uma vez recuperado minutos depois. Um homem foi preso por roubo e porte ilegal de arma de fogo.
O dono do veículo, que não quis se identificar, contou ao G1 que foi assaltado na Zona Sul de Teresina na noite de sábado (7) e teve seu carro levado pelos bandidos. Horas depois, ele recebeu uma ligação da Polícia Militar de Monsenhor Gil informando que seu veículo havia sido encontrado na cidade, a 61 km de Teresina, e pediram que ele fosse até lá para recuperá-lo.
Entretanto, ao chegar ao local, a vítima de assalto não encontrou nem os policiais e nem seu veículo. "A polícia de lá localizou meu carro, me enviou fotos e tudo e pediu para que eu fosse buscá-lo. Ao chegarmos, simplesmente os bandidos tinham voltado e roubado o carro novamente", contou o dono do veículo.
De acordo com o cabo Silva Neto, comandante da Polícia Militar de Monsenhor Gil, o efetivo da cidade contava com apenas dois policiais de serviço durante a noite de sábado (6) e madrugada de domingo (7).
O cabo Silva Neto explicou que os policiais haviam recuperado o carro e esperavam a chegada do dono do veículo quando foram acionados novamente e tiveram de sair do local para atender o chamado. "Não foi por displicência. Eles tiveram que atender uma ocorrência de violência grave. Eles voltaram rapidamente e entraram em contato comigo", contou.
A vítima saiu para procurar seu carro pela cidade, e o avistou cerca de uma hora depois na rodovia BR-316. "Com meus amigos, realizamos uma perseguição e chamamos a polícia para que pudesse fazer a prisão. A polícia chegou rápido, em dois minutos", disse a vítima ao G1.
Logo o veículo foi interceptado pela Polícia Militar. Um homem foi preso, com duas espingardas e uma garruncha, e foi autuado pelos crimes e roubo e porte ilegal de arma de fogo. Na avaliação do comandante cabo Silva Neto, foi o fato de um efetivo de policiais na cidade ser pequeno que possibilitou a situação inusitada.
"A cidade tem cerca de 10 mil habitantes e apenas um policial de serviço por dia. Não tem condição de dar apoio a toda a comunidade. Estamos diminuindo a folga de todo mundo durante o final de semana, quando tem uma chance maior de acontecer crimes. Dessa forma, a gente vai levando”, disse o comandante.