A tradicional Paixão de Cristo de Floriano deve reunir cerca de 20 mil pessoas, segundo a organização do evento que acontece nesta sexta-feira (30) e sábado (31) na cidade de Floriano, a 247 km de Teresina. O espetáculo será apresentado no Teatro Cidade Cenográfica, com entrada gratuita, e conta com os atores Carlos Vereza, no papel de Herodes, e Felipe Simas, na pele do governador Pôncio Pilatos, além de mais de 350 atores locais.
Encantado com o teatro a céu aberto onde dará vida a Herodes, Carlos Vereza acredita que a história de Jesus Cristo tem o poder de mudar a realidade. "O importante é que esse cenário é algo monumental, e que com o amor de todos que vão participar, tanto os atores e atrizes como os expectadores, isso vai ajudar muito a modificar para melhor essa violência que paira sobre o mundo e o Brasil", declarou.
Felipe Simas interpreta Pôncio Pilatos, e Carlos Vereza viverá Herodes na Paixão de Cristo de Floriano, no Piauí. (Foto: Lucas Marreiros/ G1 PI)
O ator Felipe Simas revelou sua empolgação diante do Teatro Cidade Cenográfica, espaço onde será encenada a Paixão de Cristo, com cerca de 45 mil metros quadrados. "Eu estou feliz. Toda vez que piso neste teatro eu vejo que foi feito com muito suor. Espero que esteja o mais cheio possível para contemplar a história de Jesus", afirmou.
O ator também comentou o processo para compor um personagem fundamental para a história de Cristo. “Como foi a dois mil anos atrás, acho que a gente tem uma abertura criativa. E eu acredito que Pilatos sentiu o amor de Cristo, por isso lavou as mãos. Disse que o julgou e não encontrou culpa alguma nele. Eu tentei colocar isso durante o espetáculo, sentir esse amor”, explicou Felipe Simas.
O elenco conta ainda com Zezé Motta no papel de Maria, mãe de Jesus, a atriz Solange Couto na pele de Herodias, e mais de 350 atores locais em um dos maiores espetáculos da Paixão de Cristo do Nordeste.
A história dos últimos dias de Cristo será contada em 20 cenas, tendo início com o batismo de Jesus, seguida pelas cenas de tentação, o sermão da montanha e os milagres. No segundo ato os imperadores, governadores e demais líderes religiosos da época conspiram contra Cristo até o clímax do espetáculo: a morte e ressurreição de Jesus.