Publicada em 23 de Fevereiro de 2016 �s 12h30
Para discutir com os municípios a qualidade da água ofertada à população do Piauí, a Secretaria de Estado da Saúde iniciou, nesta terça-feira (23), a capacitação de atualização técnica sobre operacionalização do Programa de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano – Vigiagua.
O programa, implantado nos 224 municípios do Piauí, objetiva a redução de doenças de veiculação hídrica, como diarreia, hepatite e meningite. Para isso, a Secretaria treina, presta apoio técnico, pactua metas e monitora o desempenho de cada município quanto à quantidade de amostras analisadas e a qualidade da água por meio dos resultados dos exames laboratoriais.
Atualmente, o Estado conta com cinco laboratórios de análise de amostras de água: o laboratório da sede do Laboratório Central (Lacem) , em Teresina, e quatro laboratórios descentralizados, estes nas sedes das regionais de saúde de Bom Jesus, Floriano, Picos e Piripiri.
“Os municípios ainda enfrentam grandes desafios, tanto pela escassez de água, que os obriga a recorrer a fontes alternativas e sem tratamento, como pela forma de acumular água sem os cuidados de higienização, implicando grande parcela da água fora de parâmetro e o consequente risco de doenças”, disse a gerente de Vigilância em Saúde da Sesapi, Miriane Araújo.
Cadastramento das fontes de água
De acordo com as regras da portaria ministerial nº 2914/2011, cada município deve cadastrar todas as fontes de água consumidas pela população (sistema de abastecimento de água, chafariz, poço particular, cisterna, etc), e mensalmente enviar amostras para o Lacen examinar se está dentro dos parâmetros recomendados para consumo humano.
A certificação da qualidade da água como potável segue três parâmetros. Um é feito pelo próprio município no ato da coleta das amostras, que é o parâmetro de cloro residual livre. Os outros dois são coliformes totais (fezes e outros dejetos) e turbidez (cor da água) analisados em laboratórios do Lacen.
A capacitação conta com representantes do Ministério da Saúde, além das áreas técnicas da Secretaria (Ambiental, Epidemiologia e Lacen).