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Candidatos no Afeganistão acordam formar governo de unidade nacional

Publicada em 08 de Agosto de 2014 �s 11h43


Os dois candidatos presidenciais do Afeganistão assinaram nesta sexta-feira (7) um acordo para formar um governo de unidade nacional após a designação do novo chefe de Estado. Imagem: Massoud Hossaini/Reuters Durante uma visita a Cabul do secretário americano de Estado, John Kerry, os dois aspirantes, Ashraf Ghani e Abdullah Abullah, se comprometeram a trabalhar juntos independentemente de quem for o vencedor do segundo turno das eleições de 14 de junho, submetida atualmente a uma auditoria após denúncias de fraude. "Nós nos comprometemos a trabalhar juntos a partir de nossa visão comum pelo futuro de nosso país", declarou Abdullah durante uma coletiva de imprensa conjunta em Cabul com Ashraf Ghani, assim como com Kerry e o chefe da missão da ONU no Afeganistão, Khan Kubis. Em uma declaração por escrito, os dois candidatos se comprometeram a respeitar os termos do acordo político, que permitirá a colocação em andamento de um governo de unidade nacional, negociado durante a primeira visita de Kerry a Cabul em julho. Os Estados Unidos queriam que o Afeganistão, a quem fornece um grande apoio militar e financeiro, já tivesse um chefe de Estado e um governo de união nacional quando ocorrer a cúpula da Otan, nos dias 4 e 5 de setembro em Gales. Os americanos temem os riscos de instabilidade política neste país que vive sob a ameaça de uma insurreição dos talibãs, a poucos meses da retirada das forças da Otan, prevista para o fim do ano. Kerry chegou na quinta-feira à capital afegã e se reuniu nesta sexta-feira com o presidente em fim de mandato, Hamid Karzai, em uma atmosfera tensa. Depois conversou com os dois candidatos, Abdullah Abdullah e Ashraf Ghani, com os quais já havia se encontrado na véspera. Kerry fez uma primeira visita urgente a Cabul em julho, devido às fortes tensões entre os dois partidos, e alcançou o acordo de Ghani e Abdullah para realizar uma auditoria integral de 8,1 milhões de votos do segundo turno da eleição presidencial para descartar uma fraude. Na quinta-feira entre 4 e 5 mil urnas em um total de 23 mil já haviam sido inspecionadas. A poucos meses da retirada das tropas da Otan, prevista para o fim deste ano, os provedores de fundos estrangeiros que apoiam o frágil governo afegão esperam a chegada ao poder de uma nova equipe legítima para reduzir os riscos de instabilidade.

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Fonte: Vooz �|� Publicado por:
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