A Fundação Municipal de Saúde (FMS), da Prefeitura de Teresina, realiza, a partir de hoje (16), mais um treinamento com os profissionais da Estratégia Saúde da Família (ESF), desta vez, com médicos e enfermeiros da Coordenadoria Regional de Saúde Sul. O treinamento tem como tema câncer de colo de útero e mama, que acontece de 16 a 20 de abril, às 14h, no auditório do centro de Formação Odilon Nunes. A iniciativa de treinar os profissionais da ESF teve início em novembro do ano passado e já foram capacitados mais de 200 profissionais da ESF, divididos em seis turmas, com carga horária de 20 horas. São realizadas aulas teóricas e práticas nas quais são dadas orientações de como realizar o exame citopatológico, que pode ser feito em mulheres na faixa etária de 25 a 64 anos de idade em qualquer Unidade Básica de Saúde de Teresina. Rita Portela, enfermeira do Núcleo de Saúde Integral da Mulher da FMS, destaca que no período de 2006 a 2010 foi registrado um aumento da população feminina em Teresina e uma diminuição da quantidade de exames realizados, o que serve de alerta para que todos os profissionais de saúde sejam orientados para a realização do exame em mulheres dentro da faixa etária indicada pelo Ministério da Saúde. O câncer de colo de útero é a segunda maior causa de morte entre mulheres no Brasil, ficando atrás somente do câncer de mama. Segundo dados da FMS, em 2006, a população feminina era de 176.861 mulheres entre 24 e 59 anos e foram realizados 64.017 exames citopatológico. Já em 2010, a quantidade de mulheres era de 214.331 e somente 49.800 fizeram o exame. "O câncer do colo do útero, também chamado de cervical, demora muitos anos para se desenvolver. As alterações das células que podem desencadear o câncer são descobertas facilmente no exame preventivo, mais conhecido como Papanicolau, por isso é importante a sua realização periódica", sublinha Rita Portela. Segundo a enfermeira, a principal alteração que pode levar a esse tipo de câncer é a infecção pelo papilomavírus humano, o HPV, com alguns subtipos de alto risco e relacionados a tumores malignos. Já o câncer de mama é o segundo tipo mais frequente no mundo e o primeiro no Brasil, sendo mais comum entre as mulheres. Se diagnosticado precocemente o tratamento é realizado de forma satisfatória. No Brasil, as taxas de mortalidade por câncer de mama continuam elevadas, muito provavelmente porque a doença ainda é diagnosticada em estádios avançados. Na população mundial, a sobrevida média após cinco anos é de 61%.