Três das seis pessoas presas por suspeita de participação em homicídios colecionavam fotos das vítimas em Teresina. As imagens foram apreendidas nesta quarta-feira (22) com um cadeirante, que é apontado pela polícia como o chefe do grupo preso no Parque Rodoviário, Zona Sul da capital. Segundo a polícia, as fotos mostram ainda a cena dos crimes. As prisões aconteceram durante a ‘Operação Tanatos’ realizada pelas delegacias de Homicídios e Entorpecentes.
"Eles tiravam fotos das próximas vítimas e também da cena do crime. Possivelmente algumas das imagens foram feitas não por eles, mas por outras pessoas inflitradas no momento em que a polícia ia até o local para fazer a perícia", disse o delegado Francisco Barêtta
De acordo com o delegado Higgo Martins, o cadeirante era levado pelos demais integrantes do grupo até o local do crime. "Como ele não caminhava ia levado pelos comparsas para assistir a execução", revelou.
A polícia espera elucidar pelo menos sete crimes com a prisão dessas seis pessoas, mas acredita que outros casos também serão solucionados a partir do trabalho que será intensificado com a Operação Tanatos.
“Todas as prisões têm relação com o tráfico de drogas. São disputadas entre grupos rivais e que culminam nesses assassinatos. Os presos no Parque Rodoviário, por exemplo, mantinha uma rixa com grupo da Vila da Paz. Já os suspeitos presos na Vila Irmã Dulce tinham conflito com pessoas do Promorar”, disse.
Os dois jovens presos na Vila Irmã Dulce, Zona Sul da capital, são suspeitos de assassinar a tiros um estudante na praça do bairro Esplanada. O crime aconteceu no dia 8 de janeiro quando o adolescente de 17 anos esperava pelo ônibus e foi executado com um tiro na cabeça.
Um dos homens presos já tinha mandado de prisão em aberto por homicídio no Parque Brasil 2, Zona Norte e foi encaminhado para a Penitenciária Irmão Guido. Os demais presos serão ouvidos pela polícia e ficarão à disposição da justiça.
Só este mês já foram registrados 33 homicídios em Teresina, dez assassinatos a mais do que os registros feitos em janeiro do ano passado. O delegado Francisco Barêtta disse que a Operação Tanatos terá continuidade.