RIO - Com 727 óbitos por Covid-19 confirmados nas últimas 24 horas, o Brasil atingiu, nesta segunda-feira, o total de 58.385 mortes causadas pela doença. Foram notificados 25.234 novos casos, elevando para 1.370.488 o total de pessoas contaminadas pelo vírus no país.
As informações que constam do boletim das 20h são do levantamento realizado por um consórcio de veículos de imprensa formado por O GLOBO, Extra, G1, Folha de S.Paulo, UOL e O Estado de S. Paulo. Três vezes ao dia, as informações sobre casos e mortes causadas pelo novo coronavírus no Brasil são atualizadas com base nas informações das secretarias estaduais de saúde.
Os números do coronavírus no Brasil e no mundo
O Ministério da Saúde também divulgou, na tarde desta quinta-feira, os dados da Covid-19 atualizados até as 18h30. De acordo com o órgão, o Brasil tem 1.368.195 casos confirmados da doença com 58.314 mortes. Nas últimas 24 horas, foram registrados 24.052 casos da doença e 692 mortes.
De acordo com o ranking divulgado pela Universidade Johns Hopkins, o Brasil segue na segunda colocação mundial tanto em número de casos quanto no número de mortos. Apenas os Estados Unidos têm mais casos e mortes pela Covid-19 que o Brasil. Lá, foram registrados 2.564.163 casos e 126.089 mil mortes.
De acordo com o boletim divulgado pelo governo, os cinco estados com o maior número de casos são: São Paulo (275.145), Rio de Janeiro (111.883), Ceará (108.225), Pará (101.207) e Maranhão (78.969).
Os cinco estados com o maior número de mortes são: São Paulo (14.398), Rio de Janeiro (9.848), Ceará (6.076), Pará (4.870) e Pernambuco (4.782).
O estudo da Rede de Pesquisa Solidária, formada por mais de 50 pesquisadores brasileiros que monitoram os dados da pandemia, indica que nenhum estado brasileiro alcançou a taxa de positividade em testes para o novo coronavírus recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como um dos critérios seguros para afrouxamento das medidas de isolamento social. A insuficiência de testagem, problema crônico na evolução da doença no país, e a falta de estratégias detalhadas comprometem o combate à Covid-19 e expõem a população.
Os especialistas analisaram dados e boletins oficiais dos estados sobre testagem até o dia 20 de junho. A média de positividade dos testes no país, indicam, foi de 36% no mês. A OMS recomenda que as autoridades de saúde só flexibilizem ações de distanciamento social quando essa taxa for de 5%, e se mantiver estável durante duas semanas, pelo menos. Na prática, isso quer dizer que, de cada cem exames realizados, apenas cinco tenham resultado positivo, durante 14 dias, em média.
No sábado, o ministério anunciou a produção de 30,4 milhões de doses da vacina, com investimento de US$ 127 milhões. Por conta disso, o subprocurador-geral do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), Lucas Rocha Furtado, solicitou nesta segunda-feira que o TCU acompanhe a parceria firmada entre o Ministério da Saúde e a Universidade de Oxford, para desenvolvimento da vacina da Covid-19.
No documento enviado ao presidente do tribunal de contas, José Mucio, Furtado justifica a necessidade do acompanhamento, afirmando que, "diante da situação de crise sanitária e econômica por que passa o país, a utilização regular e eficiente dos escassos recursos públicos se revela ainda mais necessária".
Chineses identificam, em porcos, vírus de gripe com potencial de gerar nova pandemia
Cientistas chineses anunciaram nesta segunda-feira (29) a identificação de um subtipo de vírus da gripe em porcos que apresenta potencial para gerar uma nova pandemia. O novo patógeno é variedade predominante do vírus influenza em fazendas de suínos na China desde 2016, em 10 regiões diferentes, e sua contenção requer medidas "urgentes", dizem os pesquisadores.
O grupo, liderado por Honglei Sun, da Universidade Agricultural da China, publicou uma descrição do vírus na revista científica "PNAS", da Academia Nacional de Ciências dos EUA. Classificado num estudo com a sigla "G4 EA" (genótipo 4 da variedade Eurásia/aviária), o vírus é um derivado do H1N1, grupo de vírus do qual um outro subtipo causou a pandemia de gripe de 2009, que matou cerca de 250 mil pessoas no mundo.
Um dos aspectos preocupantes do novo vírus, de nome provisório "G4 EA H1N1", afirmam os cientistas, é que ele já parece ter alta capacidade de infectar humanos, algo que surgiu de várias evidências.
Primeiro, o vírus tem estrutura biomolecular parecida com a variedade que causou a pandemia de 2009. Segundo, ele infectou bem células humanas cultivadas em laboratório. Terceiro, ele infectou bem furões, mamíferos que tem padrão de vulnerabilidade similar ao humano. E, por último, exames de anticorpos feitos em trabalhadores da indústria da carne suína mostraram que vários deles já haviam sido infectados pelo vírus.