BRASÍLIA — Indagado sobre seu estado de saúde, o presidente Jair Bolsonaro voltou a minimizar, nesta sexta-feira, a gravidade da Covid-19, causada pelo novo coronavírus, e chamou a doença de "gripezinha". No Brasil, pelo menos 904 foram infectadas e onze já morreram. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a doença já infectou 209 mil pessoas e matou 8,7 mil.
— Depois da facada, não vai ser uma gripezinha que vai me derrubar — afirmou Bolsonaro, referindo-se à facada que recebeu durante a campanha presidencial em 2018.
A saúde de Bolsonaro vem sendo alvo de especulação depois que pelo menos 22 pessoas que tiveram contato com o presidente durante uma viagem aos Estados Unidos e que testaram positivo para a doença. Nos últimos dias, Bolsonaro anunciou que se submeteu a dois exames e que ambos deram negativo para a Covid-19.
Questionado sobre se, diante do número de pessoas que testaram positivo para a doença e que tiveram contato com ele, Bolsonaro disse que poderia se submeter a um novo exame.
— Posso me submeter a outro exame, de acordo com orientação médica — afirmou.
Mais cedo, quando saía do Palácio da Alvorada, o presidente disse que poderia fazer um terceiro exame:
— Eu estou bem. Fiz dois testes. Talvez faça mais um até. Recebo orientação médica — disse Bolsonaro, levantando a hipótese de ter sido contaminado pelo vírus e não ter descoberto:
— Aqui em casa, toda a família deu negativo. Talvez, eu tenha sido infectado lá atrás e nem fiquei sabendo. Talvez. E estou com anticorpo.