O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira (9) que "por enquanto" permanecerá no PSL e comparou a crise no partido a uma "briga de marido e mulher".
Bolsonaro deu a declaração ao conceder uma entrevista coletiva na qual foi questionado sobre a crise envolvendo o partido ao qual é filiado desde o ano passado.
Nesta terça (8), o presidente disse a um apoiador para "esquecer" o PSL, o que provocou a reação de integrantes da legenda no Congresso Nacional.
"Por enquanto, eu continuo [no PSL]. Não tem crise. Briga de marido e mulher, de vez em quando acontece. O problema não é meu. O pessoal quer um partido diferente, atuante. O partido está estagnado. Não tem confusão nenhuma", afirmou o presidente.
"Falei para o garoto: 'Esquece o PSL'. Por quê? Ele é pré-candidato a vereador e, se começar a falar em partido, é campanha antecipada. Isso que eu falei para ele", acrescentou.
Bolsonaro concedeu uma rápida entrevista coletiva ao deixar o Palácio do Planalto em uma saída lateral, geralmente não utilizada pelo presidente da República, somente por convidados e funcionários.
Antes de conceder essa entrevista, Bolsonaro se reuniu no Planalto com deputados do PSL.
Cerca de uma hora depois da entrevista do presidente, o porta-voz de Bolsonaro, Otávio Rêgo Barros, afirmou que ele "não pretende deixar o PSL de livre e espontânea vontade".
PSL
O Ministério Público e a Polícia Federal apuram suspeitas de candidaturas-laranja, de fachada, do PSL em estados como Minas Gerais e Pernambuco.
O ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, por exemplo, presidente licenciado do PSL-MG, já foi denunciado pelo Ministério Público por suposto envolvimento em candidaturas de fachada no estado. Ele nega as acusações.
Nesta terça (8), Bolsonaro disse que o presidente nacional da legenda, Luciano Bivar, está "queimado para caramba".
Mais cedo, nesta quarta, Bivar afirmou à colunista do G1 e da GloboNews Andréia Sadi que Bolsonaro "já está afastado" do PSL.