O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta terça-feira (21) que realizou mais um teste para saber se ainda está infectado com o novo coronavírus. O resultado, segundo ele, deve sair nesta quarta (22). Se der negativo, Bolsonaro informou que pretende viajar ao Piauí já na sexta-feira (24).
"Fiz exame agora. Amanhã cedo sai o resultado. Se Deus quiser, vai dar negativo e eu volto à normalidade. Aí, próxima viagem, vou sexta-feira ao Piauí", declarou, durante conversa com apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada. O momento foi transmitido nas redes sociais de Bolsonaro.
No último dia 7, o presidente anunciou em redes sociais que tinha recebido diagnóstico positivo para a Covid-19. Segundo Bolsonaro, os primeiros sintomas da doença surgiram no domingo (5), quando ele se sentiu indisposto. O quadro piorou na segunda-feira (6), quando teve febre e mal-estar e realizou o exame para identificar o vírus.
Uma semana depois, Bolsonaro passou uma nova coleta de material no Palácio da Alvorada. No dia 15, anunciou em rede social que o resultado também tinha sido positivo – ou seja, que ele ainda estava infectado.
Desde a identificação da doença, Bolsonaro manteve a agenda política a partir do Palácio da Alvorada, com reuniões e cerimônias por videoconferência.
Apesar da recomendação de isolamento total, válida para todos os pacientes com Covid-19 em todo o mundo, o presidente foi visto diversas vezes caminhando pelo Palácio da Alvorada, ladeado por seguranças e assessores.
Nos últimos dias, Bolsonaro também voltou a conversar com apoiadores em frente ao Alvorada. Em vez da usual grade de proteção, o presidente, de máscara, fica separado dos grupos por uma barreira de água próxima às bandeiras do palácio.
Tratamento não comprovado
Ao informar o primeiro resultado positivo, Bolsonaro anunciou que está tomando hidroxicloroquina, remédio defendido por ele como tratamento para a Covid-19. Nesta terça, o presidente não fez referência ao medicamento.
Não há comprovação científica da eficácia dessa substância no enfrentamento da doença, e há evidências de que o uso indiscriminado pode inclusive aumentar o risco de agravamento.
O presidente tem 65 anos e faz parte da faixa etária considerada por especialistas como grupo de risco. Na última semana, a Secretaria de Comunicação do Palácio do Planalto informou que o quadro de saúde do presidente evoluía bem.