O candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, afirmou neste sábado (27), por meio das redes sociais, que não trocará indicações políticas por apoio do parlamento a seu governo, como determina a Constituição. Ele voltou a defender o combate à corrupção e pediu empenho a seus eleitores para comparecer à votação deste domingo (28).
Jair Bolsonaro passou o sábado em casa. Ele recebeu a visita de parlamentares e aliados. Às 18h30, o candidato do PSL fez uma transmissão ao vivo em uma rede social. Ele estava acompanhado do deputado federal eleito Hélio Bolsonaro (PSL).
Bolsonaro falou sobre governabilidade. E voltou a dizer que não fará indicações para os ministérios pensando em apoio no parlamento. O candidato citou a Constituição para dizer que a prática é proibida.
"Então qualquer presidente que porventura distribua ministério, estatais, ou diretorias de banco para apoio dentro do parlamento, ele está infringindo o art. 85 do inciso dois da constituição. E daí? Qualquer um pode, se eu por exemplo, apresento no ministério para um partido com objetivo de compras voto, qualquer um pode então me questionar que eu estou interferindo exercício do Poder Legislativo", disse.
"Isso daqui, esse livrinho aqui. Jamais eu vou querer uma nova Constituinte. Não seria uma competência minha. Jamais! Não me interessa. Pontualmente. se tivermos que mudar o que eu acho que deve ser, a gente apresenta uma proposta e o parlamento decide se muda ou não. Devemos aperfeiçoar", completou.
"A Constituição, mais do que escravo eu sou realmente grato porque ela vai nos ajudar a governabilidade", afirmou o candidato.
Na transmissão, Bolsonaro disse que, se eleito, quer acabar com a militância de esquerda nas instituições.
"Nós queremos mudança, sim. Nós queremos que quem vai estudar, em especial escola pública, ao terminar o seu curso, seja bom profissional e não um militante de esquerda, defensor dessas ideologias que não deu certo em lugar do mundo. E nós não queremos isso para o Brasil", disse.
O candidato afirmou que a eleição não está garantida e pediu empenho dos eleitores.
"As eleições não estão ganhas. Nós temos que lutar até o último momento. Não podemos relaxar. Eu sei que tem gente que tem dificuldade para voltar, vai para o sacrifício, sai mais cedo de casa. Vamos votar. Vamos fazer valer a nossa vontade", declarou.
Bolsonaro também disse que, para ele, o que está em jogo não é a democracia, mas o fim da corrupção.
"O que está em jogo não é a democracia, não. O que está em jogo é a perpetuação dessa máquina podre que nos temos aí, que vive da corrupção, para tirar de vocês o atendimento médico, a educação, a segurança. É uma máquina podre que sobrevive, se retroalimenta da desgraça, da corrupção. O que está em jogo é a corrupção, são os grupos que não querem sair de lá porque vivem disso, vivem mamando nas tetas do estado", finalizou.