SÃO PAULO — O presidente da República, Jair Bolsonaro , relatou incômodo com a sonda nasogástrica que foi colocada nele na noite de terça-feira para solucionar um quadro de distensão abdominal . O equipamento serve para retirar gases do estômago e do intestino do presidente. A distensão aconteceu devido à ingestão de ar depois de Bolsonaro ter passado por uma cirurgia no abdômen, para retirar uma hérnia incisional, no domingo.
Segundo a assessoria de imprensa da Presidência, apesar de falar do desconforto, Bolsonaro não sente dor, dedica as horas internado para repousar e evita falar. Não houve, informou a Presidência, alteração no quadro de saúde dele desde o boletim da manhã.
O presidente caminhou duas vezes hoje, pela manhã e à tarde, quando andou 900 metros, segundo o relato de assessores. Bolsonaro segue acompanhado pela mulher, a primeira-dama Michelle, e um dos filhos, o vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ).
No início da tarde, o médico Antônio Luiz Macedo , cirurgião-chefe do Hospital Vila Nova Star, onde o presidente passou por uma cirurgia e está internado, avaliou Bolsonaro. Não há, no entanto, previsão de novo boletim ou de outra entrevista do médico hoje.
Um novo informe sobre o estado de saúde de Bolsonaro está previsto para amanhã. Às 10h30, o porta-voz da Presidência, general Otávio Rêgo Barros, faz um pronunciamento e responde perguntas de jornalistas no hospital, em São Paulo.
Está mantida a programação de que Bolsonaro reassuma à Presidência a partir da manhã de sexta-feira. Quem ocupa o posto até quinta-feira é o vice-presidente, Hamilton Mourão. Também está mantida, após a internação, viagem internacional do presidente. Não há, porém, previsão de alta.
Questionada, a assessoria de imprensa da Presidência não comentou a demissão do secretário Marcos Cintra do Ministério da Economia nem as declarações de Carlos Bolsonaro sobre a democracia, que provocaram ruídos por indicar descrença do vereador no regime democrático.