O Conselho Tutelar de Teresina está acompanhando o caso do uma criança que deu entrada no Hospital Infantil Lucídio Portela com suspeita de ter contraído uma doença sexualmente transmissível (DST) causada pelo Papiloma Vírus Humano (HPV). De acordo com o conselheiro tutelar Djan Moreira, a suspeita é que a bebê de apenas 10 meses tenha sido molestada.
A criança veio da cidade de Canto do Buriti, a 405 km de Teresina, após exames clínicos apontarem que ela poderia ter sido molestada. “Fomos acionados pelo Hospital Infantil, pois os sintomas apresentados, segundo eles, é de quem contraiu um doença sexualmente transmissível, mas que não houve penetração. Supostamente alguém encostou a genitália nas partes intimas do bebê e a contaminou. Ela tinha verrugas e ferimentos nas partes íntimas”, disse.
Segundo o Conselho Tutelar, a criança passou por cirurgia e vai realizar tratamento contra o HPV. A mãe do bebê registrou Boletim de Ocorrência na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA).
“As investigações do caso ficarão a cargo da delegacia e do conselho tutelar de Canto do Buriti. A mãe disse que não tem conhecimento de quem possa ter cometido esse abuso”, falou Djan Moreira.
O Hospital Infantil Lucídio Portela afirmou que a criança deu entrada com sintomas de uma doença sexualmente transmissível, mas que não poderia dar mais detalhes sobre o caso por se tratar de menor de idade. A bebê já recebeu alta.
O delegado de Canto do Buriti, Paulo Gregório, disse que está aguardando o inquérito ser encaminhado pela DPCA para a cidade. “Assim que o caso chegar às nossas mãos vamos começar as investigações, pois essa mãe saiu daqui e não comunicou nada na delegacia nem ao conselho tutelar, o que achamos bem estranho”, falou o delegado.
Outro casos
O Conselho Tutelar de Teresina informou ainda que o Hospital Infantil Lucídio Portela tem registrado vários casos de crianças vítimas de abuso sexual vindas do interior. Os Conselhos dos municípios onde as vítimas residem são informados, mas segundo Djan Moreira, os casos não têm sido acompanhados.
“A gente faz o registro aqui e passa para as delegacias e aos conselhos dos municípios, mas nessas cidades nada é feito, nenhuma investigação é aberta e os culpados não são punidos. Esperamos que esses fatos sejam analisados e investigados com mais atenção”, alerta Djan Moreira.