Parte da direção da Band prefere negociar com Ana Paula Padrão, que passa uma imagem de mais responsabilidade
Parte da direção da Band ficou temerosa de uma possível ida de Rachel Sheherazade para a emissora. Sobretudo após o linchamento de uma mulher no Guarujá, que morreu ao ser espancada porque teria sido confundida com uma suposta sequestradora de crianças.
Imagem: DivulgaçãoClique para ampliarParte da direção da Band prefere negociar com Ana Paula Padrão, que passa uma imagem de mais responsabilidade Gente do alto escalão na Band tenta convencer o restante da direção a não contratar a jornalista do SBT, já que ela defendeu, no ar, a justiça com as próprias mãos e causou polêmica com comentários na bancada do jornalístico da emissora de Silvio Santos.
Para quem não se lembra, em fevereiro, a apresentadora comentou o caso do adolescente que foi torturado e amarrado a um poste pelo pescoço no Rio após cometer um furto. Segundo Rachel, ”em um país que sofre de violência endêmica, a atitude dos vingadores é até compreensível”.
A ida da jornalista poderia gerar problemas para a emissora do Morumbi. Nessa segunda (5), durante o “Jornal da Band”, o jornalista Ricardo Boechat mandou indireta para Rachel Sheherazade logo após a exibição da matéria sobre o caso da mulher no Guarujá. “Esse crime aí, minha gente, tem tanta responsabilidade o autor do boato espalhado pela internet, quanto pessoas que, mesmo em emissoras de televisão, estimulam a cultura da justiça com as próprias mãos. Isso está dentro do mesmo panorama que propicia, estimula, que justifica linchamentos como que nós andamos vendo recentemente em várias cidades do país. É hora dessas pessoas, agora, virem a público e dizerem como se sentem depois da consumação de sua própria teoria, na prática”, disse Boechat.
Por tudo isso e mais um pouco, parte da direção da Band prefere negociar com Ana Paula Padrão, que passa uma imagem de mais responsabilidade com o que diz e de imparcialidade. Vale lembrar que em março deste ano, Ana Paula participou do quadro “50 perguntas”, do “CQC”, e disse que acha a colega de profissão ”imatura, bem intencionada, ou seja, um perigo”