Após mais de dois meses do desaparecimento do avião, nenhum destroço foi encontrado
A área onde foram detectados sinais acústicos que se acreditava serem do avião desaparecido da Malaysia Airlines pode ser descartada como destino final da aeronave, disseram nesta quinta-feira (29) as autoridades australianas.
Imagem: ReutersApós mais de dois meses do desaparecimento do avião, nenhum destroço foi encontrado
A busca realizada com o robô submersível Bluefin-21 na região não encontrou nada e foi encerrada. O avião - que viajava de Kuala Lumpur para Pequim - sumiu no dia 8 de março com 239 pessoas a bordo.
Usando dados de satélite, as autoridades concluíram que a aeronave terminou sua jornada no Oceano Índico, a noroeste da cidade australiana de Perth. No entanto, nenhum vestígio do avião foi encontrado e não há nenhuma explicação para o seu desaparecimento. saiba mais Novos sinais são pistas mais promissoras nas buscas por voo, diz autoridade Malásia investiga 5 passageiros que fizeram check-in e não embarcaram Leia mais sobre Acidente de avião na Malásia
Última missão
Os esforços agora se concentrarão em revisar os dados coletados, trazer outros equipamentos especializados e pesquisar o fundo do mar.
"Ontem, o Bluefin-21 completou sua última missão de busca nas áreas remanescentes nas imediações dos sinais acústicos detectados no início de abril", informa um comunicado da agência australiana que está coordenando as investigações - a Joint Agency Co-ordination Centre (JACC).
"Os dados coletados na missão de ontem foram analisados. Como resultado, a agência pode informar que nenhum sinal de destroços da aeronave foi encontrado pelo veículo submarino autônomo desde que este se juntou ao esforço de busca", acrescenta o documento.
A declaração foi divulgada horas depois que um oficial da Marinha dos Estados Unidos disse à rede americana CNN que os sinais acústicos provavelmente vieram de alguma outra fonte artificial.
"A nossa melhor teoria neste momento é que [os sinais detectados foram] provavelmente algum som produzido pelo navio ou pelo sistema eletrônico do próprio localizador", disse Michael Dean, vice-diretor de engenharia oceânica da Marinha americana, ontem à emissora.
Segundo ele, sempre que se coloca um equipamento eletrônico no mar há o temor de que a água entre no equipamento e começe a produzir som. Um porta-voz da Marinha dos Estados Unidos, posteriormente, descreveu essa observação como "especulativa e prematura".
No comunicado desta quinta (29), a agência australiana disse ainda que um grupo de trabalho de peritos iria rever e refinar os dados existentes para melhor definir uma área de busca do avião desaparecido.
Um navio chinês já tinha começado a mapear uma área de fundo do oceano em um processo de pesquisa que tem previsão de durar três meses.
Enquanto isso, as autoridades australianas buscarão propostas de empreiteiros comerciais para o equipamento especializado necessário para a busca subaquática - um processo previsto para começar em agosto, disse JACC.