Imagem: Reprodução
O movimento "15M - Manifestação contra as injustiças da Copa", organizado pela internet, que esperava motivar protestos nesta quinta-feira, 15, em pelo menos 50 cidades do País e no exterior, teve baixa adesão. Cerca de 21 mil pessoas foram às ruas em sete Estados por motivações diversas, que também incluíram pretensões salariais e sociais, como moradia. Foi o que se viu no caso dos sem-teto e dos professores em São Paulo.
No Palácio do Planalto, a avaliação foi de que os protestos ficaram bem distantes do que se viu em junho do ano passado, mas será mantido o sinal de alerta principalmente nas 12 cidades-sede e a ideia é tentar vencer "a batalha midiática" contra a Copa, dialogando sobretudo com os movimentos sociais, para evitar grandes manifestações, com incidentes violentos, durante o Mundial. Em evento público, Dilma destacou que "o legado da Copa é nosso" e pediu aos brasileiros que recebam bem os turistas. "Ninguém que vem aqui assistir a Copa leva consigo, na sua mala, aeroporto, porto, não leva obras de mobilidade urbana nem tampouco estádios. O que eles podem levar na mala? É a garantia e a certeza de que este é um país alegre e hospitaleiro", disse.
O foco dos protestos desta quinta foi a capital paulista, que reuniu 15,7 mil pessoas em atos coordenados por sem-teto, professores e grupos contra o Mundial. O incidente mais grave aconteceu à noite, na região da Rua da Consolação. Por volta das 19h15, teve início a confusão, quando manifestantes começaram a bater em portas de metal de lojas perto da Paulista. A polícia jogou a primeira bomba de efeito moral e a manifestação começou a se dispersar. Três agências bancárias e uma loja de carros foram depredadas. Quatro pessoas, entre elas dois fotógrafos e uma policial militar, ficaram feridas. Um repórter fotográfico quebrou a perna e outro sofreu ferimentos, por causa de estilhaços de bombas de efeito moral.