Dia 12 de junho é o Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil. Durante este mês estão sendo realizadas várias atividades em âmbito nacional e local no sentido de se conscientizar a sociedade sobre os aspectos negativos do trabalho infantil e discutir estratégias para a erradicação do trabalho de crianças e adolescentes abaixo da idade permitida em lei.
Em Teresina, a data é marcada por atividades. No período de 13 a 18 será realizada a programação do Centro de Referência Especializada em Assistência Social (CREAS), cuja programação envolve palestras, debates para o público, famílias, adolescentes mostrando o que é o trabalho infantil. Nos Centros de Referência da Assistência Social (CRAS) vai acontecer mobilizações também, na Jornada Ampliada do Planalto Uruguai, uma explanação sobre o trabalho infantil e uma caminhada para mobilizar a população.
Conforme a secretária municipal do Trabalho, Cidadania e de Assistência Social (SEMTCAS), Iraneide Cristina Viana, de janeiro a maio, a rede de assistência social de Teresina registrou 62 crianças e adolescentes em situação de trabalho infantil. Segundo ela, o número é considerado baixo tendo em vista o tamanho da população desta faixa etária residente na zona urbana e rural da cidade.
Iraneide Cristina destacou o trabalho realizado pelo Projovem e nos Núcleos de Atendimento Intergeracional (NAIS) e Jornadas Ampliadas distribuídas pelos bairros da capital. "Os NAIS e Jornadas Ampliadas trabalham recebem as crianças no contraturno da escola para, além do reforço escolar, desenvolverem atividades artísticas, esportivas, culturais, etc. Assim eles ficam longe das ruas, da ociosidade, do risco das drogas, da criminalidade e do trabalho infantil", informa a secretária destacando que, atualmente cerca de 5 mil crianças e adolescentes são atendidos pelo Projovem Adolescente, nos NAIs e Jornadas Ampliadas.
A sociedade pode ajudar a evitar esse problema, conforme a secretária, não adquirindo produtos ou utilizando os serviços que envolvam o trabalho infantil. “A sociedade alimenta essa prática a partir do momento que compra produtos de criança ou aceita que uma delas engraxe o seu sapato. Lugar de criança é na escola”, alerta.