Atitude amig�vel do governo atrai haitianos para o Brasil

Publicada em 28 de Abril de 2014 �s 11h30

A maioria chegou ao país cruzando o Equador e o Peru até entrar no Brasil pela fronteira do Acre Segundo o governo brasileiro, mais de 21 mil haitianos entraram legalmente no pa�s entre 2010 (ano do terremoto que matou mais de 300 mil pessoas no pa�s caribenho) e 2013. Imagem:�Ewerton Medeiros Clique para ampliarA maioria chegou ao pa�s cruzando o Equador e o Peru at� entrar no Brasil pela fronteira do Acre A maioria chegou ao pa�s cruzando o Equador e o Peru at� entrar no Brasil pela fronteira do Acre – onde grande parte recebeu documentos e abrigo na cidade de Brasileia. Segundo o imigrante haitiano Tira Herold, a boa vontade do governo brasileiro em ajudar todos os que conseguiram chegar ao pa�s criou no Haiti uma sensa��o generalizada de que imigrar para o Brasil � bom – devido �s supostas afinidades entre os governos das duas na��es. "Depois do terremoto que matou milhares de pessoas o presidente do Haiti pediu um favor (para o governo brasileiro) para a gente poder entrar aqui, trabalhar e buscar uma vida melhor", afirmou. "Os presidentes (Michel) Martelly e Dilma (Rousseff) t�m um bom di�logo e s�o muito bons para n�s", disse o imigrante Franky Jerome. Destino "da moda" Boa parte dos imigrantes que chegam ao Brasil tem familiares em pa�ses com grandes comunidades haitianas como os Estados Unidos (um milh�o de haitianos, segundo o �ltimo censo) e Rep�blica Dominicana (500 mil a 800 mil, segundo estimativas locais). Por�m, segundo Jerome, o Brasil � o destino "da moda" entre os membros da di�spora de seu pa�s. A reportagem esteve na Miss�o Paz, um local mantido pela Igreja Cat�lica no centro de S�o Paulo para oferecer ajuda a imigrantes. Nos �ltimos dez dias o centro recebeu mais de 400 haitianos. Quase todos eles chegaram do Acre com passagens pagas pelo governo local – a��o que gerou tens�o entre os governos dos dois Estados. "Um conjunto de fatores fez com que (os haitianos) viessem para o Brasil: o terremoto, a presen�a brasileira no Haiti e tamb�m a crise econ�mica no hemisf�rio norte e uma certa proje��o internacional que o Brasil est� tendo", disse o padre Paolo Parisi, um dos coordenadores da Miss�o Paz S�o Paulo, entidade da Igreja Cat�lica situada na igreja Nossa Senhora da Paz que cuida de imigrantes necessitados na capital paulista. "A pol�tica brasileira tamb�m influenciou, at� aquelas mensagens que foram dadas anos atr�s que diziam enquanto a Europa se fecha o Brasil abre as portas para os migrantes, houve discursos muito claros nesse sentido", disse. Segundo ele, muitos imigrantes – n�o apenas haitianos – dizem ao chegar em S�o Paulo que as obras da Copa do Mundo d�o a impress�o internacionalmente de que o pa�s est� em expans�o. Idioma A maioria dos rec�m chegados � homem e partilha de uma hist�ria comum: aprenderam a trabalhar na constru��o civil na Rep�blica Dominicana, vizinha do Haiti. Com essas habilidades decidiram viajar para o Brasil. A familiaridade com a l�ngua espanhola falada em Santo Domingo, a capital dominicana, tamb�m est� facilitando a vida no Brasil, pois aprender o portugu�s � mais f�cil para quem j� tem no��es de espanhol. Mas uma parcela dos haitianos que chega ao Brasil s� fala creole – idioma derivado do franc�s – n�o passou pelo pa�s vizinho e est� enfrentando grande dificuldade com a l�ngua portuguesa. Por isso, o padre Parisi diz que vem pedindo aos moradores de S�o Paulo para n�o discriminar, acolher e ser paciente com os novos moradores da cidade. "Eles t�m uma dificuldade com a quest�o lingu�stica. Ensinar como se vai a um local, como pegar um �nibus ou entrar em um hospital. � importante ter essa maior paci�ncia e sensibilidade", disse.

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Fonte: Vooz �|� Publicado por:

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