Publicada em 03 de Novembro de 2015 �s 18h15
Projeto Marrecas: benefícios para toda região (Foto:Paulo Barros)
A 5ª edição do Festival da Uva de São João do Piauí vai começar nesta sexta (6) e segue até domingo (8). O evento é apenas um demonstrativo do quanto a fruta vem fazendo a diferença na economia da cidade e dos municípios vizinhos.
Segundo dados da Associação dos Pequenos Produtores do Assentamento Marrecas, a produção de uva ganhou notoriedade, mas outras frutas também são cultivadas. Por safra, a quantidade de uva produzida chega a 180 toneladas. No relatório, são também 129 toneladas de goiaba, 189 toneladas de melancia, 293 toneladas de milho verde, 39 toneladas de melão, 248 toneladas de macaxeira, 98 toneladas de mamão, 146 toneladas de banana, 98 toneladas de abóbora, 96 toneladas de cheiro verde e 94 toneladas de cebolinha.
Um fato que impressiona é como a uva conseguiu esse sucesso na região, a partir da iniciativa de pequenos produtores de um assentamento Marrecas, fundado por volta de 1990.
Para o festival, o assentamento vem passando por algumas obras, como a instalação das infraestruturas hídricas como canais, drenagem, estradas, rede de energia, reservatórios, unidades de bombeamento, limpeza da área e demarcação dos lotes. Quando concluído, serão mil hectares irrigados para fruticultura, distribuídos pelos produtores familiares, que irão cultivar uma média de cinco hectares.
Segundo Adriana de Castro, secretária Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável, a produção de uva causou grande impacto na economia e comprovou que no sertão é possível produzir uvas e outras culturas com irrigação. “A fruticultura atraiu novos investimentos para cidade”, diz, enfatizando que pessoas e investidores de outras regiões procuram áreas para fazer irrigação. “Hoje, já são mais de 100 hectares irrigadas”, conta.
Além de incrementar a economia de São João do Piauí e região, Adriana diz que a fruticultura trouxe de volta alguns filhos da terra que tinham mudado para São Paulo, Rio e outras cidades. “Eles voltaram, estão trabalhando e não pensam mais em deixar o assentamento”, revela.
A produção é comercializada para os programas Compra Direta, que consiste na distribuição de alimentos para pessoas carentes; Aquisição de Alimentos para Merenda Escolar. “Todas as escolas da região são abastecidas com esses produtos”, diz, enfatizando que alguns produtores já conseguiram levar sua produção para feiras em outros municípios.
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