Familiares e amigos da estudante de direito Camilla Abreu, se reuniram em frente ao Tribunal de Justiça na manhã desta sexta-feira (26), dia em que completa um ano do assassinado da estudante. A família exige a expulsão de Alisson Watson, preso após confessar o feminicídio, dos quadros da Polícia Militar.
De acordo com a advogada da família da vítima, Ravenna Castro, o capitão continua recebendo mensalmente o salário de capitão da PM, apesar de estar preso no Presídio Militar, em Teresina.
A advogada explica que a expulsão do capitão Alisson Watson foi confirmada em duas esferas: No Quartel Central General da Polícia Militar do Piauí e no âmbito do Governo do Estado do Piauí. Por se tratar de um oficial da PM, regido por uma lei federal, a expulsão precisa ainda ser confirmada pelo Tribunal de Justiça. “Está na mesa do desembargador Antônio Francisco, para que ele marque a data do julgamento”, disse a advogada.
Um ano
O assassinato de Camila Abreu completou um ano nesta sexta-feira (26). Os familiares e amigos da estudante universitária realizaram um protesto em frente ao Tribunal de Justiça. O pai de Camila, Jean Carlos Abreu disse acreditar que a expulsão do suspeito será concluída em breve, mas considera inaceitável que mesmo preso não tenha sido de fato expulso.
Jean Carlos contou que o crime ainda afeta a vida da família da estudante. “É como se fosse ontem. A gente, a família, não consegue esquecer. Sempre nas datas comemorativas a gente sente a falta de uma pessoa que era alegre, divertida, estudiosa. Não podemos deixar esquecer”, disse.
Na esfera criminal, a Justiça decidiu que processo fosse encaminhado para o Tribunal do Júri. Segundo a advogada Ravena Castro, a primeira audiência de julgamento deve ser marcada depois que sejam julgados recursos que foram encaminhados pela defesa. O G1 não conseguiu entrar em contato com a defesa do capitão Alisson Watson.