O arcebispo metropolitano de Teresina, Dom Jacinto Brito, comentou nesta sexta-feira (25) a importância da Paixão e morte de Cristo para os católicos durante entrevista ao Bom Dia Piauí. Ele também falou sobre a atual situação econômica e política em que se encontra o país. Para ele, os gestores estão lutando pelo poder e esquecendo das políticas públicas. O arcebispo destaca como saída para isso a união dos três poderes.
Dom Jacinto acrescentou que Igreja Católica não tem a competência de dar direcionamento para enfrentar a crise, mas pode chamar atenção para alguns pontos que devem ser levados em consideração porque todos são co-responsáveis pela condução do país.
"Nós podemos apoiar qualquer coisa, mas devemos apoiar aquilo que de fato vai conduzir o país a uma saída honrosa. Estamos conscientes de que o sofrimento de milhares de brasileiros não será minorado quando for readquirida uma estabilidade política. O país está paralisando porque a luta para se tornar de pé está sendo maior, enquanto a preocupação social e econômica está ficando em segundo plano. Esperamos que isso passe o mais rápido possível e que os três poderes que constituem a democracia brasileira estejam em convergência para encontrar um caminho sólido, mais viável para recuperar novamente o ritmo de vida em nosso país”, afirmou.
Paixão de Cristo
O arcebispo diz que a Igreja pede as pessoas para que parem diante da cruz para entender o real significado da Paixão e morte de Cristo.
"É importante silenciar hoje para interiorizar e compreender o que significa a morte de Jesus Cristo. A Semana Santa não para na sexta- feira, pois celebramos a alegria com a ressureição”, destacou.
Sobre o jejum, o arcebispo explicou porque a prática ainda existe: “Para nós o jejum tem um duplo sentimento: primeiro é esvaziarmos de nós mesmo e assim esvaziamos de tudo que é secundário para nos enchermos da palavra de Deus. São dois dias de jejum que Igreja recomenda na Quarta-Feira de Cinzas e na Sexta-Feira Santa. A outra direção do jejum é a partilha, nós nos privamos do alimento para compartilhar o que temos. Não só de pão vive o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus”, finalizou.
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