Depois de Juan, o Flamengo apresentou oficialmente neste domingo o cabeça de área Willian Arão e o goleiro Alex Muralha. Se o zagueiro cria da casa assinou por uma temporada, os dois jogadores assinaram por três e quatro anos, respectivamente. O diretor executivo de futebol Rodrigo Caetano representou a diretoria - que estava presente com o vice-presidente de futebol Flavio Godinho e vice de gabinete da presidência Plínio Serpa Pinto - e elogiou as novas aquisições para a temporada de 2016. Os dois vestiram a camisa 12, uma ideia trazida pelo departamento de marketing do clube para homenagear o torcedor do Flamengo.
Por falar em marketing, Arão chegou com frase de efeito, quase uma releitura do famoso "agora eu sou Mengão" de Ronaldinho Gaúcho. Ex-jogador do Botafogo, ele disse que não está preocupado com vaias e perseguição em duelo contra o Alvinegro.
- Estou muito tranquilo, hoje defendo as cores do Flamengo. Hoje eu sou Mengão (risos). Estou preocupado com a torcida do Flamengo. É a única que interessa. O que passou, passou. Estou muito feliz por estar aqui, fazer parte de um dos maiores do mundo. Prazer muito grande. Vou dar o sangue para honrar essa camisa. Estou muito tranquilo. Tenho que me preparar da melhor forma possível, render ao máximo. Tenho certeza que será um ano muito especial. Vou evoluir em cada aspecto - disse Arão.
Muralha já começou a falar sobre a concorrência que terá na meta rubro-negra com Paulo Victor. O ex-goleiro do Figueirense pretende conquistar a vaga e não sair mais do time principal.
- Quero agradecer a oportunidade de estar aqui. Um dos maiores times. O maior hoje. Estou muito feliz, agradeço a Deus. Fiz um bom Campeonato Brasileiro e me destaquei. O Figueirense me deu essa oportunidade. A concorrência vai ser grande, mas todos têm condição de jogar. Pretendo ficar na minha melhor forma possível. E se conseguir ser titular, não sair mais.
Disputa com Paulo Victor
O goleiro também fez um pedido inusitado: ficar com a camisa 38. Segundo ele, é uma "maluquice" que vem dando certo nos clubes por onde passou. Após a entrevista coletiva, o jogador lembrou que até a esposa tenta entender, pesquisando na internet, a razão dele gostar do número. Segundo Muralha, "o 38 apareceu do nada" na vida dele.
- Já avisei que quero a camisa 38, se possível. É o meu número da sorte, me deu sorte em todos os clubes que passei. É coisa de maluco. Todo louco tem as suas maluquices. Sempre esse 38 aparece do nada - disse o novo goleiro do Flamengo, que vai disputar vaga com Paulo Victor.
- Ele (Paulo Victor) foi o primeiro a me receber, isso me deixa muito tranquilo. Não só ele, como os outros goleiros. Cada um tem que dar o seu melhor e dar uma sequência boa quando tiver oportunidade - afirmou Alex Muralha.
Revelado no Comercial de Ribeirão Preto, o goleiro lembrou a experiência que teve no Japão e disse que chegou ao Figueirense como terceiro goleiro, ficando um ano sem jogar.
- Fiz dois bons campeoantos com o Comercial, no acesso em São Paulo e acabei saindo para o Japão. Foi uma experiência muito boa de vida e também profissionalmente. No Figueirense, o Tiago Volpi era o titular, estava em excelente fase e eu dizia "tomara que pegue mais ainda para ir embora e abrir espaço". Aconteceu isso em 2015. Tive oportundaide com Argel, consegui sequência, o que para goleiro é importante. Fiz um bom Catarinense, boa Copa do Brasil e Brasileiro também, naquela situação complicada de lutar contra o rebaixamento.