Viaduto em obras desabou no dia 3 de julho na Avenida Pedro I, próximo à Lagoa do Nado, região da Pampulha, em Belo Horizonte (MG).
A queda do Viaduto Guararapes, na Região da Pampulha, em Belo Horizonte, completa um mês neste domingo (3). Desde o dia do acidente, três questões importantes ainda não foram definidas: o resultado da perícia oficial da Polícia Civil, a demolição ou não da alça que não desabou e a liberação do trânsito no trecho da Avenida Pedro I.
O Viaduto Guararapes desabou na tarde do dia 3 de julho. Um micro-ônibus, um carro e dois caminhões foram atingidos. Duas pessoas morreram e 23 ficaram feridas. A perícia oficial da Polícia Civil iniciou, na última sexta-feira (1º), a etapa de análise do pilar que afundou no dia do desabamento. Este resultado é fundamental para determinar as causas do acidente. Já a demolição da alça, segundo a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), não está relacionada com a conclusão da perícia.
Imagem: Lincon Zarbietti/O Tempo/Futura PressViaduto em obras desabou no dia 3 de julho na Avenida Pedro I, próximo à Lagoa do Nado, região da Pampulha, em Belo Horizonte (MG).
A administração municipal afirma que analisa um projeto para demolição elaborado por uma empresa especializada indicada pela construtora Cowan – responsável pela obra do viaduto. Não há um prazo estipulado para esta definição, de acordo com a PBH.
Para a conclusão da perícia, a Polícia Civil tem 30 dias, que vão ser contados a partir do término da análise do pilar. Neste sábado (2), técnicos da perícia ainda trabalhavam no local. O resultado é esperado pela Prefeitura, pelo Ministério Público e pelas empresas envolvidas Cowan e Consol – esta responsável pelo projeto executivo – e vai delinear novas ações.
O engenheiro e vice-presidente do Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia de Minas (Ibape), Clemenceau Chiabi Saliba Júnior, considera normal o tempo gasto com os trabalhos no local da queda. Ele destacou que o “processo de retirada dos escombros teve que ser muito cuidadoso, para não contaminar o local do pilar”.
A Polícia Civil não informou detalhes sobre o andamento da perícia. Para o especialista, os principais pontos que devem ser esclarecidos são em relação ao projeto executivo e a execução da obra com base nele. A Cowan afirma que a queda do elevado aconteceu por causa de erro na concepção do projeto, já a Consol nega esta falha.
O prazo para conclusão do inquérito termina neste domingo (3), porém a corporação já informou que o delegado Hugo e Silva, responsável pela investigação, vai pedir a prorrogação na Justiça.
Moradores vizinhos
Por medida de segurança, os moradores de um conjunto de prédios vizinhos ao local do acidente foram orientados a sair de casa. Segundo a Defesa Civil, de 34 famílias, 20 se hospedaram em um hotel pago pela Cowan. Outras 14 famílias permanecem nos imóveis. Não há previsão para o retorno dos moradores.
O órgão informou que acompanha todos os trabalhos na área, garantindo a segurança dos envolvidos e evitando desastres secundários. A Defesa Civil instalou um posto de comando no local do acidente para auxiliar os moradores.