Quase dois anos após a publicação do edital para a realização de concurso público para outorga de delegações de serventias extrajudiciais de notas e de registro do estado do Piauí, o certame ainda não realizou as provas oral e de títulos. Enquanto isso, a população que precisa dos cartórios reclama da péssima qualidade dos serviços prestados.
O Tribunal de Justiça do Piauí lançou o edital no dia 19 de julho de 2013, com a previsão de 292 vagas para titulares de cartórios de notas e registros do estado, sendo 97 vagas são para remoção e 195 para provimento.
Das seis etapas do concurso, o Tribunal de Justiça do estado realizou apenas quatro delas: a prova objetiva de seleção e prova escrita e prática; comprovação de requisito para outorga das delegações e exame psicotécnico; entrega do laudo neurológico e do laudo psiquiátrico, além da entrevista pessoal e análise da vida pregressa, realizada há meses e nunca divulgou resultados.
Após a finalização da quarta etapa, ainda faltam duas novas fases: prova oral e prova de títulos que não possuem, sequer, estimativas de prazo para a realização.
Esse problema tem gerado inúmeros outros problemas no estado, que vão desde um usuário comum que precisa registrar firma ou autenticar documentos, até a liberação de documentos imobiliários, que tem atrasado e muito e entrega de imóveis no estado.
O vendedor Carlos Alves contou que levou quase um ano para registrar um imóvel. Ele reclama do tempo para resolver o problema. “É muito ruim porque ficamos dependendo dos poucos cartórios que existem na capital. São longas filas para registrar firma, por exemplo”, disse.
A produção do telejornal Bom Dia Piauí tentou ouvir representantes dos cartórios, mas não obteve retorno das ligações.