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O Exército de Israel anunciou na manhã desta quarta-feira (30) que fará um cessar-fogo de 4 horas de duração na faixa de Gaza, entre as 15h e as 19h locais (9h e 13h no horário de Brasília).
No entanto, a nota do Exército afirma que a "janela humanitária" não se aplicará a áreas onde os soldados estejam atuando e alerta os residentes a não voltarem para áreas antes evacuadas. saiba mais Ataque de Israel mata palestinos em escola da ONU Líder supremo do Irã convoca mundo islâmico a fornecer armas para os palestinos Em um dos piores bombardeios desde início de ofensiva, Gaza tem 110 mortos em 24 horas Bombardeio israelense destrói única usina de energia da Faixa de Gaza ONU alerta Israel que bombardeios em Gaza serão devastadores aos civis Leia mais sobre Israel e Palestina
"O Exército irá responder a qualquer tentativa de explorar essa janela para prejudicar civis israelenses e soldados", afirma ainda o comunicado.
O anúncio ocorreu depois que um ataque israelense matou 19 palestinos refugiados em uma escola da UNWRA (Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina) em Jabaliya, no norte da faixa de Gaza, deixando outros 90 feridos.
Bombardeios no campo de refugiados deixaram ao menos outros 23 mortos durante a madrugada. Em 23 dias de ofensiva, mais de 1240 palestinos morreram, a maioria civis. Do lado israelense, 53 soldados e 3 civis foram mortos.
Israel disse que militantes próximos à instalação atiraram bombas de morteiro e as forças israelenses foram obrigadas a revidar.
Pierre Krähenbühl, comissário-geral da UNRWA, condenou o ataque israelense, afirmando que mulheres, homens e crianças foram mortos e feridos "enquanto dormiam em um local onde deveriam estar protegidos".
Segundo o organismo, 3.300 pessoas haviam se refugiado na escola.
No dia 24 de julho, um disparo de artilharia atingiu outra escola da ONU na faixa de Gaza, em Beit Hanun, matando cerca de 15 palestinos. O Exército israelense negou sua responsabilidade no incidente.
Israel acusa o movimento islâmico Hamas de usar a população como escudo humano para proteger seus arsenais e centro operacionais instalados em igrejas, mesquitas e escolas da faixa de Gaza. (Com agências internacionais)