Previsto para iniciar nesta segunda-feira (6), o ano letivo nas escolas municipais foi prejudicado por uma paralisação de 24h dos servidores de Teresina. A categoria reivindica um reajuste salarial acima do piso de R$ 1.100, além de pagamento de insalubridade para os trabalhadores da saúde e o cumprimento da jornada de 30h semanais.
Segundo a presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Teresina (Sindserm), Letícia Campos, por conta da paralisação não haverá aulas nos turnos manhã e tarde. Os atendimentos nos Centros de Assistência Psicossocial (CAPs) também foram suspensos nesta segunda-feira.
"Já temos confirmado também a adesão dos motoristas do Nutrans [Núcleo de Transportes de Teresina] no movimento. Vamos aguardar os demais servidores para uma assembleia geral, por volta das 10h, no Teatro de Arena, para decidir se a categoria vai deflagrar uma greve. Nossa luta não é apenas por reajuste salarial, mas por melhores condições de trabalho e progressão de carreira", declarou.
Sobre a votação do reajuste de 7,64% do piso salarial dos professores, nesta terça-feira (7) na Câmara Municipal de Teresina, Letícia Campos comentou que o índice é um mero repasse já previsto pelo Ministério da Educação e por isso não poderia ser considerado reajuste salarial.
A Prefeitura de Teresina enviou à Câmara Municipal ainda em janeiro o projeto de lei, que prevê salário inicial do professor que cumpre jornada de trabalho de 40 horas semanais passe de R$ 2.135,65 para R$ 2.298,80. O aumento irá beneficiar os mais de 4 mil professores efetivos e temporários que atuam nas escolas da rede municipal de Teresina.
"Este projeto não é reajuste da prefeitura. O magistério encontra-se com uma defassagem salarial de 20%. Sem falar nos recursos referentes ao ajuste de contas do Fundeb [Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação] que não são aplicados, porque a prefeitura nunca fez um plano com relação a este repasse", comentou Letícia Campos.
A Prefeitura de Teresina informou que não tomou conhecimento de nenhuma paralisação e que os atendimentos ocorrem normalmente.