Angelina Jolie e o ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, William Hague.
A atriz norte-americana, Angelina Jolie, considerou, esta terça-feira, "um mito" que as violações sejam consequência inevitável dos conflitos, sublinhando que esta realidade "é uma arma de guerra dirigida à população civil". "Não tem nada que ver com o sexo, mas sim, com o poder", afirmou a atriz, em Londres.
Imagem: CARL COURT/REUTERSClique para ampliarAngelina Jolie e o ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, William Hague. Angelina Jolie juntou-se, esta manhã, ao ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, William Hague, na condenação da violência sexual em zonas de conflito, um tema que será debatido numa cimeira que decorre entre hoje e sexta-feira, na capital britânica.
Os encontros e debates sobre violência sexual em zonas de conflito, que vão realizar-se ao longo desta semana, antecedem uma reunião de alto nível na próxima sexta-feira, na qual ministros de mais de cem países deverão firmar um protocolo internacional para acabar com as violações e abusos de mulheres como arma de guerra.
No âmbito deste protocolo, haverá um maior reforço a nível judicial e mais apoio às vítimas.
Na sessão de encerramento desta cimeira, na sexta-feira, marcarão presença o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, e o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki Moon (este último por videoconferência).
Aquando da sessão inaugural deste encontro, o ministro dos Negócios Estrangeiros anunciou que o Reino Unido vai doar 6 milhões de libras (7,4 milhões de euros) para ajudar as vítimas de crimes sexuais, um montante que vai somar-se aos anteriores donativos de 140 mil libras (173 milhões de euros).
William Hague salientou que a violação de mulheres e crianças durante as guerras é "um dos maiores crimes em massa dos séculos XX e XXI" usados de forma "deliberada e sistemática" contra as populações civis em todos os continentes e em países como a Síria, o Congo, o Ruanda e a Colômbia.