Piaui em Pauta

-
-
"Ando pelo centro e peço abraç

"Ando pelo centro e peço abraço aos mendigos", diz Cássia Kis.

Publicada em 26 de Junho de 2017 �s 15h08


Aos 59 anos de idade e 38 de carreira, Cássia Kis conta que havia muito tempo não ficava tão realizada com um trabalho na TV. A sofrida Vera de Os dias eram assim, segundo ela, tem feito Cássia passar a limpo os anos da ditadura e sua própria trajetória. Mais que isso, a supersérie, que quebrou recentemente recorde de audiência na faixa das 23 horas, vem ensinando muito ao público. “Contar bem uma história faz a diferença. Nunca vi uma equipe tão unida e feliz”, afirma.

» Siga-nos no Twitter

A que se deve o sucesso da supersérie?
Discutimos outro dia uma cena por 45 minutos, vendo como poderíamos deixá-la melhor. Isso demanda generosidade. Quando saio e vou ao supermercado, fazem uma roda em torno de mim para comentar. Há gente que não tem a menor ideia do que foi o AI-5. Somos um povo sem educação, que não sabe brigar direito. Acho que o projeto reeduca em todos os sentidos.

Consegue levar uma vida normal no dia a dia?
Claro, ando de metrô, sempre foi assim. Nunca disse que queria ser famosa e ganhar dinheiro, mas a fama é consequência. Tenho uma responsabilidade muito grande, preciso levar questões às pessoas. Quando deito em meu edredom fofinho, em minha cama maravilhosa, lembro as 15 mil pessoas que moram na rua [no Rio de Janeiro] e sinto que preciso ajudá-las.

O que faz nesse sentido?
Às vezes, ando pelo centro da cidade e converso com mendigos, dou R$ 50, R$ 100, um sorriso, peço um abraço. Converso com meus filhos quando conseguimos reunir todo mundo na hora da refeição. Arranco matérias de jornal e prego na cara deles. Eles me acham arrogante, dizem assim: “Ela sabe tudo!”. Eu pergunto: “E aí, vamos fazer alguma coisa?”.

Quais são suas referências agora?
Quando eu tinha 16 anos e minha mãe me botou no olho da rua, eu já tinha um guru. Acho que ela sabia a responsabilidade que eu tinha. Trabalhava e fazia teatro, participava da Convergência Socialista, meditava. Corro atrás de saber das coisas, da compaixão. Estamos no mesmo barco neste planeta. E este país tem solução se nos unirmos.


Tags: "Ando pelo centro e - Aos 59 anos de idade - "Ando pelo centro e

Fonte: globo �|� Publicado por: Claudete Miranda
Comente atrav�s do Facebook
Mat�rias Relacionadas
Publicidade Assembléia Legislativa (ALEPI)
Publicidade FSA
Publicidade FIEPI