O amigo do analista Francisco das Chagas Campelo e Silva do Tribunal de Justiça do Piauí (TJ-PI), que estava com ele durante o assalto em que o analista foi assassinado, na noite de quarta-feira (28), ficou bastante abalado após presenciar o crime. Ele preferiu não comparecer ao velório e ao enterro do amigo.
De acordo com Ismael Guimarães, ex-cunhado de Francisco das Chagas, o analista é amigo de longa data do homem identificado como Zé Brás e estava com ele no momento do crime. Após o assalto, quando a vítima já havia falecido, o amigo teria sentido um pico de pressão alta e precisou de atendimento médico.
De acordo com os familiares do analista, Francisco das Chagas, Zé Brás e outros amigos se encontravam frequentemente no bar onde aconteceu o assalto. "Eles eram muito próximos, tão amigos que não conseguiam ficar chateado um com o outro", comentou o ex-cunhado.
Francisco das Chagas era casado e tinha três filhos. Ele é lembrado entre os amigos como uma pessoa alegre e animada. "É uma perda irreparável, e o que deixa a gente mais triste é a forma brutal que esses caras tiraram a vida dele. É uma pessoa que não fazia mal para ninguém. Um cara que não mexia com ninguém, de bom coração", disse Ismael Guimarães.
O velório de Francisco das Chagas aconteceu em uma funerária do Centro da capital e foi marcado por muita comoção. O corpo será velado também em São Félix do Piauí, cidade natal da vítima, onde ele será sepultado.
Relembre o caso
O analista judiciário Francisco das Chagas Campelo e Silva foi assassinado a tiros durante a noite de quarta-feira (28) no bairro Tancredo Neves, na Zona Sudeste de Teresina. O analista estava em um bar quando foi abordado por assaltantes e baleado.
O analista chegou a ser socorrido por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, mas não resistiu aos ferimentos, e faleceu ainda no local do crime. Francisco das Chagas Campelo tinha 54 anos e era servidor do juizado especial do bairro Bela Vista, na Zona Sul de Teresina.