O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, vai se reunir neste sábado (11) com o líder de Cuba, Raúl Castro, para discussões que podem aumentar mais a reputação positiva do norte-americano na região. Obama e Castro tentam dar fim à ruptura histórica de animosidade entre os EUA e Cuba.
Os dois já apertaram as mãos e conversaram brevemente na cerimônia de abertura da Cúpula das Américas, na sexta-feira (10) à noite, um gesto que foi elogiado por outros líderes, que têm pedido nos últimos anos mudanças na política norte-americana em relação à Cuba.
Até o presidente socialista da Venezuela, Nicolás Maduro, diminuiu o tom de sua retórica antiamericana de costume para elogiar a aproximação, bem como a participação de Cuba na cúpula pela primeira vez.
"O fato de que Cuba estar aqui é a maior conquista da América Latina e do Caribe", disse Maduro, que esta semana pareceu suavizar a sua posição em relação a Washington depois de uma recente onda de tensão.
Tom otimista
Obama, de 53 anos, que não era nem nascido quando os irmãos Castro chegaram ao poder na revolução de 1959, assegurou aos líderes latino-americanos que os Estados Unidos já não estavam interessado em tentar impor sua vontade sobre a região.
Os dois líderes não sentaram juntos no jantar ao ar livre em meio a ruínas no centro histórico da Cidade do Panamá na sexta-feira à noite e jornalistas autorizados a entrar brevemente para brindes não viram nenhuma interação entre os dois.
Ambos se movimentam na direção de restaurar as relações diplomáticas plenas e melhorar os laços comerciais e de viagem na sequência de uma mudança de política dramática anunciada por ambos em dezembro.