Seleção alemã está confiante e lamenta ausência de Neymar no jogo. Técnico é considerado calmo e complacente neste momento decisivo
Imagem: TV GloboSeleção alemã está confiante e lamenta ausência de Neymar no jogo. Técnico é considerado calmo e complacente neste momento decisivo
Os alemães acham que a semifinal contra o Brasil vai ser um dos melhores jogos da história, seria melhor ainda se Neymar estivesse em campo.
A viagem dos alemães começa de balsa, com escolta das motos aquáticas da Marinha. Desde a Bahia, os adversários do Brasil tiveram proteção pela água, por terra e pelo ar. Ao chegar, viram que não precisavam de tanto. Os alemães foram acolhidos em Belo Horizonte por uma torcida entusiasmada e poucos falavam alemão. saiba mais Suspeito de chefiar venda ilegal de ingressos da Copa é solto no Rio Brasil tenta ir à final com time que nunca jogou junto Löw nega favoritismo alemão e diz que ausência de Neymar fortalece Brasil Antes da semifinal, Scolari exala alívio e admite time com 3 volantes Willian pode ficar no lugar de Neymar na partida contra Alemanha Leia mais sobre Copa 2014
Os alemães retribuíram a gentileza. Para muitos, a semifinal não vai ser completa porque Neymar não vai estar em campo.
Esse espírito esportivo da torcida começa na própria seleção. O técnico Joachim Löw também lamentou a ausência de Neymar. Na entrevista, antes mesmo da primeira pergunta, ele decidiu falar: "Queria dizer algo sobre o Neymar. Sentimos muito o fato de ele estar lesionado, teríamos adorado ver ele no campo durante a Copa e gostaria de desejar uma boa e rápida recuperação".
Sem citar nomes, o técnico fez críticas à arbitragem na Copa dizendo: "Acredito que temos que parar com essas jogadas violentas, pois, caso contrário, nós não vamos mais ter jogadores como Neymar e Messi".
O alerta vale muito e partiu de alguém que não é treinador de Messi e gostaria de ser adversário de Neymar.
TÉCNICO CALMO DEMAIS?
Presente nas semifinais desde 2002, o time da Alemanha tem um técnico tão calmo a ponto de ser acusado de complacente.
Para eles, não é novidade. A quarta semifinal seguida. O atacante Klose esteve em todas desde 2002. Um recorde.
Mas não é uma rotina tão doce quanto parece. Essa é uma geração talentosa, mas que não é vitoriosa. Muitos jogadores estão na terceira Copa, mas sem títulos e nem um europeu. E esse incômodo vale para o técnico também.
Joachim Löw foi assistente de Jurgen Klinsmann na Copa de 2006 e ficou em terceiro no Mundial em casa. Logo depois, herdou o cargo. Foi de novo terceiro na África do Sul. Nesse tempo, também não teve sucesso na Eurocopa.
Uma estabilidade que não combina com a turbulenta vida de um técnico da Seleção Brasileira. No Brasil, no mesmo período, a Seleção teve três comandantes: Dunga, Mano Menezes e Felipão.
Löw é extremamente calmo, o que irrita a imprensa alemã que vem massacrando o técnico. Enfrentar o time da casa em um estádio lotado? Nem isso o tira do sério.
“Sabemos que cada ataque vai ter o grito do torcedor, aquela energia que vimos em outros jogos e na Copa das Confederações, mas estamos preparados para isso”, diz o técnico da Alemanha.
Ele foi um jogador medíocre que resolveu virar técnico. Não imaginava ficar uma década na comissão técnica. E, acredite, Löw pode deixar a bola cair sem se preocupar.
Já tem contrato renovado até a Eurocopa de 2016. Pensando bem, dá até para entender porque ele é tão calmo.