Piaui em Pauta

-
-

AI acusa Exército nigeriano de violações dos direitos humanos

Publicada em 05 de Agosto de 2014 �s 07h19


 Imagem:  A Anistia Internacional acusou, nesta terça-feira, o Exército nigeriano e as milícias que o apoiam de "violações em massa dos direitos humanos", em sua luta contra o movimento islâmico Boko Haram no nordeste do país. Segundo a ONG, imagens e depoimentos coletados em uma missão recente ao estado de Borno forneceram "novas provas de execuções extrajudiciais e graves violações dos direitos humanos" por supostos soldados e grupos armados. saiba mais Nigéria: 63 das 68 sequestradas escapam do Boko Haram Explosão de bomba mata 20 em mercado na Nigéria Boko Haram volta a espalhar o terror Grupo sequestra mais de 60 mulheres e adolescentes na Nigéria Boko Haram exige 800 vacas para libertar 20 sequestradas Leia mais sobre Nigéria As gravações incluem imagens de presos degolados e jogados em fossas comuns "por homens que parecem pertencer ao Exército nigeriano e às milícias da "Força Operacional Inter-Exércitos Civil" (CJTF, na sigla em inglês), apoiadas pelo Estado", apontou a Anistia. "Não são imagens que se pode esperar de um governo que pretende desempenhar papeis de primeira ordem na África", declarou o secretário-geral da Anistia Internacional, Salil Shetty. Um vídeo também mostra as consequências de uma incursão de Boko Haram em um povoado, onde o grupo armado matou cerca de 100 pessoas e destruiu várias casas, acrescentou. O quartel-general do Exército nigeriano reagiu em seguida e divulgou um comunicado, afirmando que considera "muito seriamente as graves alegações" da Anistia, que afetam "a integridade da operação antiterrorista em curso". O alto comando militar reuniu uma equipe de oficiais e especialistas judiciais e médico-legais para estudar as gravações e "as alegações de infrações, com o objetivo de comprovar a veracidade das afirmações e identificar os responsáveis desses atos". "A maioria das cenas descritas nesses vídeos é alheia à nossa operação e deve ser examinada para garantir que tais práticas não tenham deslizado sub-repticiamente dentro do sistema", explica o comunicado. Segundo a Anistia, mais de quatro mil pessoas morreram este ano no conflito entre o Exército nigeriano e o Boko Haram, incluindo mais de 600 execuções sumárias cometidas depois do ataque a um quartel, em 14 de março, em Maiduguri, capital do estado de Borno. Essa ONG e outras associações locais já acusaram o Exército e a polícia nigerianos de execuções extrajudiciais e violações de direitos humanos nesses últimos anos, mas as autoridades negam as acusações.

» Siga-nos no Twitter

Tags:

Fonte: Vooz �|� Publicado por:
Comente atrav�s do Facebook
Mat�rias Relacionadas
Publicidade Assembléia Legislativa (ALEPI)
Publicidade FSA
Publicidade FIEPI