Na tarde desta terça-feira, o deputado Romário (PSB-RJ) voltou a acionar sua metralhadora. Ele anunciou no plenário da Câmara a meta de instaurar uma CPI para investigar denúncias de fraudes e desvios de dinheiro na Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Para protocolar o requerimento, ele precisa colher pelo menos 171 assinaturas dos parlamentares.
O primeiro a apoiar Romário foi o presidente da sessão, Marçal Filho (PMDB-MS). No centro do plenário, ele anunciou que faria questão de assinar. Em seguida, Romário partiu para o corpo a corpo, entregando o documento para os poucos parlamentares presentes. "O que motiva são contratos fantasmas com a TAM e com certeza com outras empresas; o presidente atual, José Maria Marin, pagar salário para o anterior - Ricardo Teixeira - sem comprovar a prestação de serviço. São vários assuntos", disse Romário.
Os acordos com a TAM citados por Romário foram denunciados no final de outubro, pelo jornal Folha de S. Paulo: .o ex-presidente da CBF, Ricardo Teixeira, estaria favorecendo um amigo ao indicar a empresa dele, o Grupo Águia, para receber as cotas de patrocínio firmados entre a TAM e a CBF. O contrato entre ambos foi rompido após a reportagem.
Com a Copa do Mundo no Brasil batendo à porta, Romário reconhece a dificuldade de instaurar uma CPI, pois outros pedidos aguardam aprovação. "Temos dez propostas na frente. E, mesmo se conseguir as assinaturas, não é algo que acontece da noite para o dia.”