O presidente da Agespisa, Raimundo Neto, concedeu entrevista coletiva na manhã desta terça (27) e admitiu a falência na área de investimentos da empresa. Neto justificou a intenção de entregar 30% do serviço de abastecimento de água e saneamento básico de Teresina a uma empresa privada.
Não seria caracterizada a parceria público privada, mas sim a subdelegação do serviço. A empresa contratada através de licitação tomará para si o investimento na implantação de rede, manutenção do sistema e cobrança da tarifa.
Raimundo Neto ressaltou que não há privatização e garantiu que a tarifa não sofrerá reajuste por conta da subdelegação.
Atualizada às 12h04
Segundo Raimundo Neto, a empresa tem um déficit de R$ 1 bilhão e não tem capacidade de cumprir o contrato de concessão firmado com a prefeitura de Teresina este ano.
O gestor afirmou que a intenção do governo é discutir em audiência pública no dia 14/12 os problemas que vêm ocorrendo no sistema da capital.
A empresa privada escolhida por licitação, segundo Raimundo Neto, ficará responsável pela implantação, operação e manutenção dos sistemas de água e esgoto nas regiões da Santa Maria da Codipi, Grande Dirceu e outros bairros das zonas Norte e Sudeste.
Raimundo Neto deixou claro que não será feita privatização porque a Agespisa não venderá seus ativos. "É uma subdelegação de serviços porque a empresa não tem condições de cumprir o contrato de concessão firmado com a prefeitura de Teresina este ano. Nós necessitamos de investimento porque nossos irmãos da periferia continuam sem água e esgoto há 160 anos, desde a fundação da cidade", argumentou.
O contrato de concessão dos serviços terá validade de 35 anos, voltando, depois desse prazo, ao poder da empresa.
O gestor acrescentou que esta subdelegação ainda não é uma decisão. "Haverá uma audiência no próximo dia 14, no auditório da Associação Industrial. Lá, discutiremos se esta é ou não uma boa solução para o problema que enfrentamos. Precisamos de medidas imediatas", reiterou.