Publicada em 22 de Junho de 2015 �s 15h47
Os agentes penitenciários Giancarlo Oliveira e Jonez Milanez estão entre os alunos do curso de Especialização em Educação de Jovens e Adultos Privados de Liberdade, realizado pela Universidade Federal do Piauí (UFPI). O público-alvo do curso são professores, agentes penitenciários e profissionais que atuam no sistema prisional.
A formação atende à proposta do Governo Federal que pretende implantar escolas em todas as penitenciárias brasileiras. Na Colônia Agrícola Major César Oliveira, onde atua o chefe de disciplina e aluno do curso, Giancarlo Oliveira, há uma turma com 30 alunos. O módulo de ensino da unidade está sendo implantado e, em breve, também deverão acontecer as aulas do ProJovem e do programa Mais Saber.
“Na penitenciária Irmão Guido também está sendo formada turma. A Secretaria de Justiça vem investindo na proposta da ressocialização. Nós acreditamos que um dos caminhos para a liberdade é o estudo. Além de permitir um recomeço, o estudo garante ao interno o benefício da remissão da pena”, disse Giancarlo.
Desde o início deste ano, a Coordenação de Ensino da Secretaria Estadual de Justiça vem matriculando todos os internos do sistema prisional do Estado. A meta é ampliar o número de alunos nas unidades. A Secretaria também está investindo na oferta de cursos profissionalizantes. Na Colônia Agrícola Major César Oliveira, por exemplo, 50 reeducandos estão participando do curso de construção civil, resultado de uma parceira com a Secretaria Estadual do Trabalho (Setre).
A aula inaugural do curso, que aconteceu no final de maio, contou com a presença do assessor da Diretoria de Políticas Penitenciárias do Ministério da Justiça, Marcus Castelo Branco. Em sua palestra, Marcus abordou a importância de trabalhar com a capacitação de profissionais de dentro do sistema prisional, assim como fazer a exposição de alguns indicadores. "Sem a contribuição do servidor penitenciário, todas as atividades, como educação, saúde, trabalho, assistência social, entre outras se tornam muito difíceis. É importante que o servidor tenha a consciência de que o trabalho não é apenas contenção, mas também promover a reintegração social daquele indivíduo, principalmente quando ele sair. Portanto, é de fundamental importância participar de uma especialização como essa que desenvolverá essa temática", ressaltou.