O candidato do PSDB à Presidência, senador Aécio Neves, adiou para a segunda quinzena de agosto a agenda que cumpriria no nordeste, para concentrar os esforços de campanha na região sudeste, especialmente em São Paulo, maior colégio eleitoral do país com 32 milhões de votos.
Aécio está convencido de que perderá no nordeste, mas acha que a compensação viria do sudeste. Ele joga a maior parte das fichas na coligação montada em São Paulo pelo governador Geraldo Alckmin, candidato à reeleição. Alckmin tem apoio de 15 partidos, entre eles o PSB do também presidenciável Eduardo Campos, que participa da chapa tucana com o candidato a vice, o deputado federal Márcio França. saiba mais Número de candidatas cresce, mas 30% das coligações não cumprem lei Dilma se reúne com aliados e prega otimismo com economia Deputado relata propina por apoio a candidato de Campos Ibope mostra Dilma com 38%, Aécio com 22% e Campos com 8% UOL, Folha, SBT e Jovem Pan sabatinam Dilma Rousseff no dia 28 Leia mais sobre Eleições 2014
Imagem: Clique para ampliar A estratégia do tucano é tentar melhorar o desempenho em Minas Gerais, seu principal reduto, Rio de Janeiro - onde tem o apoio do governador peemedebista Luiz Fernando Pezão - e no Espírito Santo. Em São Paulo, o objetivo do PSDB é também minar o crescimento de Campos, que poderia ser parceiro num eventual segundo turno.
Aécio deixará que, por enquanto, a campanha no nordeste seja tocada por parceiros como o senador Cássio Cunha Lima (Paraíba), o deputado Bruno Araújo (Pernambuco), o ex-governador Tasso Jereissati e o senador do PMDB e candidato ao governo Eunício Oliveira (Ceará), o governador Paulo Souto, o ex-ministro Gedel Vieira Lima e o deputado Antônio Imbassahy (Bahia).
Aécio reforçará a campanha no nordeste no curso da propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão, que terá início em 19 de agosto. Até lá pretende explorar a baixa popularidade de sua principal concorrente, a presidente Dilma Roussef, candidata do PT, em São Paulo.
Os tucanos temem que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de reconhecida popularidade no nordeste, decida também focar o sudeste como meta. Além disso, entre os nordestinos, Lula teria de disputar espaços com Campos.