Quase todo nordestino é apreciador de farinha, não importa se branca ou amarela. Mas está difícil manter o produto na mesa, pois o preço do quilo está cada dia mais caro.
Os alimentos foram os grandes vilões da inflação brasileira nos últimos meses. A farinha de mandioca foi o produto que teve a maior alta, com quase 152%. Nos supermercados e nas feiras, o quilo da farinha custa mais de R$ 8, dependendo do tipo. O preço assustou os consumidores. “Está caro mesmo. Antigamente a gente comprava por R$ 2 ou 3 R$, fazia parte até da cesta básica do cidadão piauiense, e agora não faz mais porque está muito cara”, diz a advogada Elielba Guedes.
No final de 2012, o quilo da farinha de mandioca não passava de R$ 3. O engenheiro agrônomo José Oscar Lustosa apontou os fatores que influenciaram o aumento no valor do produto. “O principal fator é a falta do produto no mercado, principalmente em função das adversidades climáticas nos últimos três anos, que vêm contribuindo para um produto de baixa qualidade e também para uma baixa produção nas áreas”, disse ele.
Para os próximos meses, a estimativa não é nada animadora quanto a uma possível redução do preço. “Com certeza a gente terá uma baixa quantidade no mercado e isso irá influenciar bastante o preço”, afirmou Lustosa.
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