Francisco Jefferson da Silva Cruz, acusado de ter atirado no advogado André de Almeida Sousa, filho do presidente do Tribunal de Justiça do Piauí, o desembargador Hilo de Almeida Sousa, vai a júri popular. A decisão, da juíza Maria do Perpetuo Socorro Ivani de Vasconcelos, da 1º Vara Criminal da Comarca de Parnaíba, é de sexta-feira (21).
O advogado foi baleado na cabeça durante uma discussão em um bar na cidade de Parnaíba, Litoral do Piauí, no dia 22 de março deste ano. O acusado foi preso três dias após o crime e responde por tentativa de homicídio. Se condenado, ele pode receber sentença de 12 a 30 anos de reclusão.
Para a juíza, a decisão de levar Francisco Jefferson a júri popular é baseada em indícios suficientes de provas que mostram a autoria dele. Além disso, a magistrada manteve a prisão preventiva do acusado sob a justificativa de que a a soltura causaria sensação de insegurança e impunidade.
“Existem indícios suficientes da autoria, em princípio, estão evidenciados pelas provas oral e documental, e assim, havendo indícios da autoria, a pronúncia se impõe, já que o momento processual adequado para se aferir o valor dos depoimentos, tratando-se de feito da competência do Júri”, declarou a juíza na decisão.
“Sendo assim, nego ao acusado o direito de recorrer em liberdade e não vislumbro qualquer óbice em manter a sua segregação cautelar de acordo com o Ministério Público", completou Maria do Perpetuo Socorro Ivani de Vasconcelos.
Segundo a investigação da Polícia Civil, uma briga por banheiro teria motivado o tiro no advogado André de Almeida Sousa. Em depoimento, o réu, que também é conhecido como "Anjo da Morte", afirmou que atirou na vítima "para se defender".