Foi com a voz embargada que o representante de medicamentos Francieldo Pereira da Silva, noivo da técnica de enfermagem Milena Amanda Nery da Silva, que morreu após uma grave colisão na BR-343 na madrugada do dia 4 de dezembro, conversou com o G1. Francieldo contou como o acidente mudou a vida dele e falou do sonho da namorada em passar o Réveillon deste ano em Jericoacoara.
“Esse acidente acabou com todos os nossos planos. Nosso casamento daqui a seis meses, estávamos arrumando a nossa vida, compramos um apartamento onde iríamos morar depois do casamento, ela estava tão feliz porque havia passado no concurso e agora tudo acabou”, disse.
Era ele quem conduzia o veículo quando houve a colisão com outro carro, que segundo a polícia, era conduzido por um jovem embriagado.
Francieldo passou por duas cirurgias, ficou uma semana hospitalizado e já se recupera em casa. Apesar de parte do fígado e do intestino terem sido retirados por conta da gravidade do impacto, o jovem afirma que a maior dor é saber que não verá mais a noiva.
“O pior foi quando me dei conta que não a veria mais, que nem sequer ouviria a sua voz. Não passávamos nem um dia sem nos falar e do nada, por conta de uma pessoa irresponsável, eu deixar de ter ela comigo. É muito doloroso”, desabafou.
Segundo Francieldo, um dos sonhos de Milena era de conhecer a cidade de Jericoacoara e a viagem estava marcada para o Réveillon. “Esse foi apenas um dos sonhos interrompidos. Foram cinco anos de tantos desejos realizados e agora ela não pode mais sonhar”, falou.
De acordo com o noivo, a família de Milena está desolada e a mãe da jovem tem que tomar remédios para conseguir dormir. “Esta pessoa acabou com a vida da Milena e de todos que viviam com ela. Eu não consigo nem pensar que ele possa um dia ser solto, ele tem que ficar preso para poder sentir a dor que estamos sentido. A Milena nunca mais vai voltar e não é justo que ele não pague por isso”, disse.
A acusação
A delegada da Delegacia de Repressão aos Crimes de Trânsito, Cassandra Moraes Sousa, apresentou um parecer pelo indiciamento do motorista André Luis Borges, por homicídio doloso. O inquérito seguiu para o Ministério Público Estadual (MPE) que pode acatar ou não o parecer.
Enquanto não há uma decisão do parecer, o acusado teve a prisão preventiva decretada e foi encaminhado para a ala hospitalar da Penitenciária Major César Oliveira, em Teresina.
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